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Setor de serviços domésticos lucra com isolamento social

DA REDAÇÃO

| Edição de 26 de setembro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O isolamento social decorrente da pandemia prejudicou muitos setores, mas também fortaleceu negócios voltados ao lar. Serviços voltados à decoração, jardinagem e reformas, por exemplo, estão vivendo dias de aumento de clientela. 

O empresário Wilton Vilela Guimarães, de Apucarana, tem uma empresa especializada em cortinas e papéis de parede. Segundo ele, a procura é grande desde que a pandemia começou. “O papel de parede voltou com força total. Com a pandemia nós notamos um aumento em 30% das vendas. As pessoas estão ficando mais em casa e acabam vendo a a necessidade de ajustar o ambiente para melhor convívio”, complementa.
O empresário destaca que a tendência do “do it yourself” ou em português, faça você mesmo, também cresceu também com o distanciamento e isolamento social. Muitas pessoas querem aproveitar o tempo extra em casa para desenvolver novos projetos. “No caso do papel de parede, você tem a chance de fazer um ambiente novo, além de nem sempre precisar de alguém para instalar”, explica.
A arquiteta Poliana Carlesso, de Apucarana, também tem sido mais procurada para orientar projetos de pequenas e grandes reformas em ambientes residenciais. “Foi grande a procura de projetos de cômodos e ambientes inteiros. Percebi que as pessoas adiantaram alguns sonhos que estavam engavetados e também querer finalizar uma decoração que estava parada, com vasos e vegetações. Tenho visto muitos pedidos de plantas naturais e artificiais”, conta.
O home office também deu uma força para que esse tipo de serviço aumentasse. Conforme Poliana, muitos clientes adotaram o home office como algo definitivo. “Os clientes pedem ajustes e algumas soluções inteligentes para adequar o espaço. Eles querem se sentir confortáveis nessa nova modalidade que veio para ficar”, analisa.
A designer de interiores Marleide Gonçalves, de Apucarana, confirma a tendência e afirma que que os clientes procuram mobiliários novos, além de talheres, panelas e utensílios de cozinha em geral. “Houve esse aumento porque as pessoas passaram a ficar muito mais tempo em casa com a família, o que valorizou atividades como cozinhar, arrumar uma mesa bonita. As pessoas querem curtir o ambiente mesmo. O quarto, que também acaba sendo um refúgio, ganhou tapetes, travesseiros, lençóis novos”, esclarece.
Além disso, Marleide destaca que a inclusão no home office na rotina das pessoas também criou novas demandas em mobiliário na criação de escritórios. “Para não se perder nos horários, os clientes querem diferenciar os cômodos. Este é um momento em que nosso trabalho foi bem solicitado”, acredita.