Os trabalhadores do setor do vestuário da região estão na expectativa pela data base da categoria, que vence em setembro. Neste ano, por conta da pandemia, as negociações ainda estão em andamento e um acordo deverá ser firmado apenas em outubro.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário de Apucarana e Região (Stivar) Maria Leonora Batista, disse que a primeira reunião para apresentação de propostas já aconteceu na semana passada. “A proposta da categoria é de um reajuste de 5%. São cerca de 10 mil trabalhadores registrados no setor que aguardam um reajuste real nos salários. Em nosso primeiro encontro, o representante patronal nos ofereceu 2,94%, proposta que não foi aceita, então, por enquanto, não avançamos nas negociações. Vamos aguardar um próximo encontro para discutir os números”, afirmou.
O salário base de uma costureira hoje é de R$ 1.420. Com a proposta de 5% o valor iria para R$ 1.490. Um auxiliar recebe hoje R$ 1.252. Com a proposta, o salário iria para R$ 1.315.
A presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) Elisabete Ardigo justificou a oferta de 2,94%, como sendo o índice INPC, que está sendo oferecido pelos sindicatos da categoria em todo o Estado. “Estamos vivendo um período difícil para os empregadores por conta da pandemia. Em todo o estado, os acordos estão sendo firmados em cima deste índice. Muitas empresas mantiveram os empregos com a ajuda dos incentivos do governo federal, mas o momento ainda é delicado financeiramente. Pedimos para que nossa proposta fosse levada para os trabalhadores. Acredito que podemos flexibilizar esta proposta e avançar nas negociações até o próximo mês”, argumentou. (ALINE ANDRADE)