A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana confirmou ontem um surto de Covid-19 na Casa de Misericórdia “Resgate de Deus”, que atende pessoas carentes e moradores de rua na cidade. São 49 casos confirmados, 6 deles na semana passada. Ontem, mais 43 atendidos tiveram o resultado positivado.
O diretor-presidente da AMS, Emídio Bachiega, informa que na última sexta-feira, os responsáveis pela entidade encaminharam ao Pronto Atendimento do Coronavírus (PAC) 6 pessoas atendidas com sintomas da Covid-19. Como todos os exames foram positivados, o departamento de Vigilância em Saúde do município mobilizou os setores de Vigilância Sanitária e a Epidemiologia, que realizaram o teste em massa na entidade.
Foram realizadas 92 coletas de exames no último sábado passado e ontem chegaram resultados com 43 pessoas positivadas para a Covid-19. “Desde a semana passada, realizamos um trabalho de isolamento dos primeiros casos confirmados e esse cuidado foi reforçado para evitar a transmissão do vírus para mais pessoas que vivem neste local”, informa Bachiega.
A direção da AMS vem se reunindo diariamente com os responsáveis pela Casa da Misericórdia para adoção de medidas de enfrentamento do surto. Entre elas está a realização de novos testes entre as pessoas que testaram negativo anteriormente.
Segundo Bachiega, as 49 pessoas positivadas apresentam sintomas leves, foram medicadas e estão sendo acompanhadas pelos profissionais que atuam no enfrentamento da pandemia. “A Casa da Misericórdia é uma das entidades de abrigo de pessoas na cidade que recebe a equipe de vacinação regularmente. Todos foram imunizados, mas novas pessoas chegam ao local ao qualquer momento”, observBachiega.
A entidade fica localizada na Estrada Santo Padre Pio, na área rural. Ela atua desde 2004 no atendimento a pessoas carentes e moradores de rua, fornecendo abrigo, alimentação, cuidados de saúde e higiene pessoal, além de acompanhamento espiritual e religioso. No momento a casa está assistindo uma média de 100 pessoas.
Segundo o coordenador da entidade, Luciano Henrique, os novos internos só são admitidos após testagem para Covid-19 e um período de alguns dias de isolamento. Ele destaca que após darem entrada na casa, os internos só saem esporadicamente, a maioria das vezes para atendimento médico. As medidas foram adotadas desde o início da pandemia. “Até nos supreendemos com a quantidade de casos positivos, os sintomas são muito leves. Nem houve febre ou necessidade de entrar com antibiótico, mas com quase dois anos de pandemia era de se esperar que alguma hora ocorresse um surto, mas ninguém”, comenta.