A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem o reajuste das tarifas praticadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). O reajuste médio autorizado é de 15,99%. Para os consumidores residenciais, o aumento concedido foi de 15,06%. Os índices passam a valer a partir do dia 24 de junho.
O reajuste vai afetar 4,5 milhões de unidades consumidoras atendidas pela empresa, entre consumidores residenciais, comerciais e de alta tensão. Neste último grupo, onde se incluem as indústrias, por exemplo, o reajuste é o maior, de 17,5%.
A Copel divulgou um comunicado informando que aplicará o reajuste integral autorizado.
Segundo a Aneel, o reajuste leva em consideração uma variável de custos associados à prestação do serviço, além de despesas com a aquisição e a transmissão de energia elétrica, e encargos setoriais.
O aumento aprovado é acima da inflação calculada pelo o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), que foi de 2,86% no ano passado. O último reajuste anual concedido pela agência, em junho do ano passado, foi de 5,85%.
BANDEIRA
Além do reajuste, a próxima conta de energia deve ter ainda o impacto da bandeira vermelha, o maior patamar entre as faixas tarifárias. Com isso, haverá cobrança extra nas contas de luz de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
De acordo com a Aneel, a decisão foi tomada em razão do fim do período chuvoso e a redução no volume dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, há a necessidade de usar energia produzida pelas usinas termelétricas, que têm maior custo de produção.
Em maio, vigorou a bandeira tarifária amarela, em que há adicional de R$ 1 na conta de energia do consumidor a cada 100 kWh consumidos. Nos quatro primeiros meses dos ano, vigorou a bandeira verde, em que não há cobrança extra na conta de luz.