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Usuários redobram cuidados ao utilizar o serviço em Apucarana

Da Redação

| Edição de 24 de março de 2020 | Atualizado em 23 de março de 2020

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Trabalhadores de áreas prioritárias que não vão parar e dependem do transporte coletivo para se locomover, estão apreensivos diante da pandemia de coronavírus. Para aumentar a prevenção contra a doença dentro dos ônibus, a Viação Apucarana Ltda (VAL) adotou medidas como higienização diária dos veículos e a disponibilização de álcool gel para os passageiros. Segundo a empresa, o movimento de usuários caiu mais de 50%, após o decreto que estabeleceu o fechamento do comércio no município para evitar a proliferação do vírus.  

A babá Eunice Vieira, 53 anos, não pode ser dispensada do trabalho, pois os patrões são farmacêuticos e também não puderam parar de trabalhar. Eunice mora longe do serviço e precisa usar o transporte coletivo. Para não correr risco de se contaminar no trajeto, ela ampliou os cuidados com a higiene pessoal, como lavar as mãos sempre que possível e usar máscara diariamente. “Lavar as mãos toda hora virou rotina. Como dentro do ônibus não é possível, uso álcool gel e evito tocar no banco ou nas barras. Eu cuido de crianças, então preciso usar máscara”, explica. 
Embora dentro do ônibus possa ocorrer aglomeração de pessoas, Eunice afirma que ultimamente os veículos estão praticamente vazios. “Hoje (segunda-feira) quando estava indo trabalhar, eu era a única passageira dentro do ônibus no trajeto”, afirma.  
A caixa de farmácia Ana Maria Souza, 32 anos, também usa o transporte coletivo para ir ao trabalho. Ela afirma que redobrou os cuidados com a higiene e acredita que se todas as pessoas adotarem as orientações de prevenção, a situação será controlada antes do previsto. “São cuidados que eu já tomava antes, por trabalhar na farmácia, mas agora intensifiquei. Acho que se todos fizerem o mesmo, será mais fácil de controlar esse vírus e terá um menor impacto”, observa.  
O repositor de supermercado Luiz Braga, 65 anos, estava preocupado em se expor com medo de ser contaminado com coronavírus, pois também usa o transporte coletivo para chegar ao local onde trabalha. Ele pegou um atestado médico de 15 dias, após ser diagnosticado com uma gripe forte e agora ficará isolado em casa. “O médico orientou que eu fique isolado durante este período e procurar atendimento somente se eu piorar”, comenta Braga.
(CINDY SANTOS)

Fluxo de passageiros caiu pela metade
De acordo com o encarregado operacional da VAL, Leuze dos Santos, devido ao baixo fluxo de usuários, a empresa passou a usar a tabela de horários de sábado, que é mais reduzida. “O movimento de usuários caiu mais de 50%, está muito fraco”, informa.
Segundo ele, para aumentar a proteção de usuários, foram disponibilizados frascos de álcool gel nos coletivos. Além disso, os veículos são higienizados diariamente. “Tem álcool gel em todos os ônibus. Assim que o ônibus chega ao termina é higienizado antes de seguir”.
O encarregado afirma que, mesmo com as orientações de isolamento social, ainda há muitos idosos circulando de ônibus pela cidade. “A orientação é que eles não saiam de casa. Se precisarem de algo, peçam para alguém buscar, mas não saiam de casa, pois são grupo de risco”, reitera. 
Como medida preventiva, a VAL dispensou funcionários com mais de 60 anos de suas obrigações.