Na tarde desta sexta-feira, Alaíde Padilha, mãe do goleiro Danilo, disse, em frente ao vestiário da Arena Condó, que o filho "foi um herói" e que sofre ao pensar que agora ele entrará no estádio "dentro de um caixão". "Os dias e as noites demoram a passar. Meu filho era só vibração. Parece que meu coração vai sair pela boca."
No futebol paranaense, Danilo jogou nas equipes do Cianorte, Engenheiro Beltrão, Nacional, Operário, Arapongas e Londrina.
Bonés verdes, bandeiras da Chapecoense e adesivos -agora com um sinal de luto- estão à venda atrás do estádio, em Chapecó (SC).
"Nunca achei que fosse vender essas peças por esse motivo", diz Gilmar de Quadros, 43, segurando um boné (R$ 25). Ele diz que, há 40 anos, sua família vende artigos da Chapecoense no estádio, em dias de jogos.
Agora, o motivo é outro: o velório coletivo dos mortos na queda do avião que levava o time, delegação e jornalistas para o primeiro jogo da final da Sul-Americana, na Colômbia.