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Queda de avião da Chapecoense mata 71 pessoas na Colômbia

Folhapress

| Edição de 30 de novembro de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Setenta e uma pessoas – entre jogadores, jornalistas, dirigentes e tripulação - morreram na queda do avião da delegação do Chapecoense na madrugada de ontem (1h15 no horário de Brasília). O acidente, em uma área isolada da cidade La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia, é o pior já registrado na história do esporte brasileiro. A equipe catarinense disputaria hoje a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, que lamentou a morte dos jogadores e sugeriu dar o título aos brasileiros. Apenas seis pessoas sobreviveram à queda da aeronave fretada: um jornalista, dois tripulantes e três jogadores.

Até o início da tarde, a lista de sobreviventes tinha um jogador a mais, o goleiro Marcos Danilo Padilha, que chegou a socorrido com vida dos destroços, mas morreu no hospital.

Imagem ilustrativa da imagem Queda de avião da Chapecoense mata 71 pessoas na Colômbia

O voo da empresa Lamia, proveniente da Bolívia, transportava nove tripulantes e 68 passageiros. Ao menos 22 jornalistas de Fox Sports, Globo, RBS e rádios estavam no voo. Praticamente toda a diretoria do clube, incluindo ex-presidentes, também estava na aeronave. A equipe catarinense passava por uma fase histórica de conquistas.

Entre os sobreviventes estão o jornalista Rafael Hensel, da rádio Oeste Capital, os jogadores Alan Luciano Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto, além dos tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri. Eles foram encaminhados para hospitais da região, alguns em estado grave.

O acidente ocorreu quando a aeronave se aproximava de Medellín, no noroeste da Colômbia, segundo fontes oficiais. Por volta das 22h (horário local - 1 hora, horário de Brasília), a aeronave contatou a torre de controle da Aeronáutica Civil para informar que estava em emergência devido a falhas elétricas, entre as cidades de Ceja e Unión.

O acidente ocorreu em Cerro Gordo, no departamento de Antioquia. O acesso ao local, a cerca de 50 quilômetros de Medellín, é feito apenas por terra, devido às más condições meteorológicas. Houve dificuldade para as equipes de busca chegarem ao local.

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

Por volta das 18 horas (horário de Brasília), as operações de resgate foram encerradas. Setenta e um corpos foram retirados das fuselagens do avião. Inicialmente, chegou-se a estimar um número maior de vítimas, mas quatro pessoas que estavam na lista oficial de passageiros do voo que transportava a delegação não chegaram a embarcar, entre elas o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon. “Estava previsto eu estar junto, inclusive eu estou na lista desta aeronave, mas eu tive um compromisso com os prefeitos eleitos aqui em São Paulo e acabei ficando”, afirmou Buligon.

O filho do técnico Caio Jr, também morto no acidente, Matheus Sarolli, também não chegou a embarcar porque esqueceu seu passaporte.