OPINIÃO

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Falta de apoio às vítimas das chuvas é inaceitável

Da Redação

| Edição de 16 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A situação de muitos araponguenses é absolutamente inaceitável. Um ano depois das fortes chuvas de janeiro de 2016, que deixaram inúmeros prejuízos, eles não receberam ainda nenhum apoio para reconstrução de suas casas e estão vivendo sob a ameaça diária debaixo do próprio teto. 

Cerca de 40 casas apresentaram rachaduras em detrimento das fortes chuvas apenas no Jardim Tropical. Algumas moradias chegaram a ser interditadas pela Defesa Civil, porque suas estruturas foram comprometidas. Sem condições financeiras, muitos moradores não conseguiram realizar os reparos com recursos próprios e, mesmo assim, continuam morando nesses imóveis afetados. Nesses casos, a sensação é de completa insegurança. 

Em março do ano passado, a Secretaria de Assistência Social de Arapongas fez um cadastro dos moradores que tiveram casas atingidas e enviou para a Caixa Econômica Federal (CEF). O banco avaliou as informações e liberou, em alguns casos, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FTGS) para ser usado na reforma das moradias. No entanto, diversos moradores não têm nenhum valor do FGTS a ser retirado e não conseguem reunir os recursos necessários para promover as reformas necessárias em seus imóveis. 

É preciso, no entanto, apoiar esses moradores mais carentes, que não têm condições de recuperar seus imóveis. É um risco muito grande que eles continuem morando nessas casas com rachaduras. O prefeito Sérgio Onofre (PSC), que assumiu no dia 1º de janeiro deste ano, garante que irá buscar alternativas, tentando recursos federais. 

Além da questão das casas do Jardim Tropical, a erosão também atingiu vários pontos da cidade. O principal problema do tipo foi registrado na região do Clube Campestre. Uma enorme cratera se formou no local. Além do clube, a região do entorno foi atingida e serão necessários investimentos particulares para que a situação seja resolvida. 

Esse tipo de situação é preocupante nos municípios. Em casos de desastres ambientais e climáticos, os municípios têm pouco poder de reação para oferecer um apoio imediato aos moradores. Após o primeiro socorro da Defesa Civil, os moradores ficam sozinhos na busca de soluções para os problemas que ficaram. 

O problema é que a maioria não tem condições financeiras e acaba tendo muitas dificuldades. É preciso também reconhecer a lentidão do governo federal em liberar verbas para municípios que declaram situação de emergência. É uma falha que prejudica muito na reparação dos prejuízos e no apoio à população.