A Prefeitura de Arapongas está conseguindo avanços importantes nas negociações com a Concessionária Viapar, responsável pela praça de pedágio na BR-369 que fica no município. Depois de obter 79% de desconto para carros leves e 74% para veículos pesados de araponguenses que usam a via diariamente – como trabalhadores, estudantes e pessoas que fazem tratamento médico em Rolândia, Cambé ou Londrina –, o prefeito Sérgio Onofre da Silva (PSC) propôs desconto de 76% para todos os motociclistas, que passariam a pagar R$ 1 pelo pedágio e não mais R$ 4,10. A medida, caso aprovada pela concessionária, beneficiaria 21 mil motos e motonetas registradas na cidade.
O Movimento Tarifa Zero exerceu um papel fundamental ao levantar a bandeira da redução da tarifa para moradores da cidade, é preciso fazer justiça. No entanto, o prefeito Sérgio Onofre colocou em prática as negociações com a Viapar e vem obtendo resultados favoráveis nesse sentido. O Tarifa Zero insiste em garantir o desconto tarifário para todos os motoristas de Arapongas e Rolândia ou a abertura da Estrada do Ceboleiro, utilizada como desvio do pedágio pelos moradores dos dois municípios. A concessionária não aceita negociar nesses moldes.
O pagamento de R$ 1 por motociclista beneficiaria diretamente centenas de trabalhadores que passam pelo pedágio para trabalhar em Rolândia ou até mesmo Londrina. Onofre afirma que a Viapar já sinalizou positivamente. A concessionária, no entanto, ainda não oficializou nenhuma posição sobre essa reivindicação.
Depois de Mandaguari, que conseguiu 80% de desconto para todos os veículos emplacados na cidade, um movimento pedindo abatimento das tarifas surgiu em outras cidades do Norte do Paraná. Apucarana também iniciou mobilização pedindo o benefício para estudantes, trabalhadores e pacientes que vão a Londrina e Maringá diariamente e precisam pagar o pedágio.
O pedágio é uma polêmica permanente no Paraná. No entanto, é inegável que a privatização trouxe maior qualidade às rodovias do Estado e também garantiu obras que dificilmente sairiam do papel com recursos públicos. Por outro lado, os municípios estão mostrando que também podem discutir descontos para os seus moradores, como é o caso de Mandaguari e agora Arapongas. Afinal, os valores são realmente altos demais em algumas praças específicas. Tudo é uma questão de negociação. O governo do Estado já mostrou ser possível conseguir alguns avanços na questão das obras. Agora, os municípios mostram que é possível negociar também abatimentos nas tarifas para os seus moradores.