OPINIÃO

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Situação do Ministério do Trabalho é inaceitável

Da Redação

| Edição de 23 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A situação do Ministério do Trabalho e Emprego, de Apucarana, é absurda. A agência regional foi fechada na semana passada porque o único funcionário de carreira está de férias. Com isso, não há profissionais substitutos para prestar o serviço ofertado. 

O fechamento do Ministério do Trabalho pegou muitos responsáveis por departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas da cidade de surpresa. Vários desses profissionais bateram com a porta fechada nos últimos dias quando foram providenciar a homologação da rescisão de colaboradores. Não houve um aviso prévio da interrupção dos serviços. É um desrespeito. Um cartaz escrito à mão informa sobre a “falta de servidores”. 

Quem precisou de atendimento, porque seus empregados não têm base sindical em Apucarana, teve que se dirigir a Arapongas ou até mesmo a Londrina. O transtorno, obviamente, gerou muitas reclamações. 
O único servidor público lotado entrou em férias no último dia 13. Mais duas pessoas trabalham no local, mas como terceirizados em atividades de segurança e limpeza. 

O déficit de servidores no escritório do Ministério do Trabalho de Apucarana é um problema antigo. No entanto, a situação chegou num patamar inaceitável. Dos três funcionários de carreira da repartição, dois se aposentaram no começo de 2017 e ninguém foi contratado ou transferido para a agência local. 

O problema, na verdade, não é restrito a Apucarana. Na agência do Ministério do Trabalho de Arapongas, por exemplo, há também apenas um funcionário que é responsável pela homologação das rescisões, prejudicando o atendimento dos trabalhadores que não tem base sindical no município. 

Esse sucateamento do setor público é um reflexo da má gestão e também da corrupção no país. Enquanto bilhões de reais em recursos são desviados, a população que necessita do serviço federal é prejudicada por conta da falta de pessoal. Além disso, precisa “engolir” aumentos de impostos, como agora nos combustíveis, que provocaram na última sexta-feira a disparada de preços nas bombas de todo o país. 

A situação do Ministério Trabalho mostra o Brasil que não dá certo. A arrecadação federal é movida por impostos e mais impostos. No entanto, o cidadão não consegue enxergar o destino desse dinheiro, pois a saúde continua precária, o desemprego é enorme e o atendimento público, na maioria dos órgãos federais, é deficiente.