OPINIÃO

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A violência doméstica precisa ser combatida

Da Redação

| Edição de 01 de dezembro de 2019 | Atualizado em 30 de novembro de 2019

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O relato, trazido em reportagem publicada na edição de ontem da Tribuna, de uma mulher vítima de violência doméstica que encontrou paz e segurança através do chamado “botão do pânico” mostra a eficácia do sistema. Medidas como a distribuição deste aparelho precisam ser adotadas pelo poder público, visto que os casos de violência contra a mulher têm aumentado.

Em Apucarana o botão do pânico está em funcionamento há quase oito meses. Em média, duas mulheres por mês acionaram o dispositivo e pediram por socorro. No total, já foram realizados 17 atendimentos. Após o acionar o botão, um alerta é enviado para o celular da Guarda Municipal que, de imediato, encaminha uma viatura. 
A violência doméstica ainda é um mal que aflige muitas mulheres, destruindo famílias e deixando profundos traumas. De acordo com dados divulgados no início do mês pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil a cada dois minutos. Os perfis são os mais variados possíveis: os casos não se distinguem por idade ou classe social, por exemplo.
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado foram registrados mais de 145 mil casos de violência —física, sexual, psicológica e de outros tipos— em que as vítimas sobreviveram. Cada registro pode incluir mais de um tipo de violência. O último Atlas da Violência, do Ipea, com dados de 2017, mostra que a taxa de mortes de mulheres bateu recorde, chegando a 4,7 assassinatos a cada 100 mil habitantes.
Os números provam que o problema da violência doméstica é grave e precisa ser combatido. Medidas como a distribuição dos “botões do pânico” se mostraram eficazes e precisam ser adotadas com maior extensão. Investir nestes dispositivos pode salvar vidas. Mas também é necessário que haja investimentos em conscientização, para que o aparelho não precise ser usado.