OPINIÃO

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Absorver os golpes para reverter a situação

Da Redação

| Edição de 05 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Mesmo o mais talentoso pugilista sabe que não é possível estar por cima durante todos os rounds de um combate. Por isso, não basta apenas aperfeiçoar as técnicas de ataque: é preciso saber sobreviver aos duros golpes do oponente para sair vencedor. A informação trazida por reportagem da Tribuna do último domingo, de que a Prefeitura de Apucarana terá que retirar R$ 14 milhões do orçamento para quitar dívidas passadas é um destes golpes. É preciso absorvê-lo para continuar lutando. 
O pagamento foi acordado através do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) por meio do Regime Especial de Liquidação de Precatórios. O percentual mínimo da Receita Corrente Líquida (RCL) a ser pago pelo município foi calculado em 3,4591387%, que corresponde a uma amortização de R$ 1.372.429,27, de janeiro a junho de 2020; e R$ 960.401,80 no período de julho a dezembro.
Como já dito em outras oportunidades neste mesmo espaço, o dinheiro empregado no pagamento da dívida poderia ser investido em escolas ou postos de saúde. É preciso destacar a importância deste pagamento das dívidas contraídas em gestões passadas. Isso demonstra o zelo junto ao dinheiro público, ausente em mandatos passados. Esta falta de cuidado gerou não apenas débitos substanciais, mas também acaba por retirar recursos de outras áreas importantes.
Por mais que as dívidas tenham sido feitas em gestões anteriores e, por conta dos juros e do não-pagamento em alguns casos, tenham crescido assustadoramente, a Prefeitura de Apucarana tem a obrigação de honrá-las. Não é exagero dizer que golpes como este acabam por enfraquecer as finanças municipais. Mas é preciso manter com o bom planejamento desenvolvido nos últimos anos para continuar a reverter esta luta e evitar que o município corra o risco de ir à lona.