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Açaí com sabor do VALE DO IVAÍ

Da Redação

| Edição de 23 de junho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O açaí, um fruto tropical cada vez mais consumido no Brasil, também começa a ser cultivado e produzido em Ivaiporã. À frente do negócio está Osvaldo Ferreira de Paula, empresário e mestre sorveteiro por mais de 40 anos em São Paulo e que há dois anos optou retornar às origens no distrito de Jacutinga, onde desenvolveu a polpa e o sorvete de açaí a partir do fruto da palmeira juçara. 

Ferreira arrendou uma chácara com algumas palmeiras juçara que eram cultivadas de forma ornamental. “Quando cheguei aqui comecei a notar na porta de minha cozinha uma palmeira, fiquei olhando e notando a mesma aparência do açaizeiro do Pará e percebi que o fruto poderia ser transformado em polpa e sorvete de açaí”. 
Diante disso, ele viu um nicho de mercado e aproveitou a experiência no ramo de sorvetes em São Paulo para desenvolver os produtos. Segundo ele, o açaí do Pará é um pouco azedo. “O que eu desenvolvi com o fruto da juçara tem um sabor mais suave. Mandei algumas amostras para degustação para sorveterias de parentes em São Paulo, onde o consumo é muito grande. A maioria preferiu o açaí nosso aqui do Paraná”, disse Osvaldo de Paula.
Para poder comercializar o produto em larga escala, o empreendedor pretende legalizar o negócio. Para isso, ele recebeu na propriedade a visita da secretária municipal Rosana Pagé, do Departamento de Agronegócio e a engenheira agrônoma Maria Helena da Cruz coordenadora do Programa Municipal Frutifica Ivaiporã. 
“O nosso trabalho é justamente fomentar a comercialização.  É onde, às vezes, as pessoas têm o produto, a capacidade de fazer a venda e levar para o consumidor mas não consegue encontrar o caminho. E através de uma parceria com o IDR-PR - Iapar/Emater entramos com este papel de facilitar e ajudar para que o produtor se legalize”, destacou Rosana. 

PLANTIO
Osvaldo de Paula também montou um viveiro e passou a produzir as mudas de palmeira juçara e tem atraído bastante interessados no cultivo. “Já vendi mais de 8 mil mudas. A vantagem é que depois na terra vai produzir 100 anos ou mais. É uma planta nativa que não precisa de manutenção”.