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Ação vai proteger nascentes em Arapongas

Fernanda Neme

| Edição de 08 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com quase 60 nascentes dentro da área urbana e rural, Arapongas lançou nesta semana um projeto voltado para a proteção de mananciais. O trabalho será realizado em parceria Prefeitura Municipal de Arapongas e Universidade Estadual de Londrina (UEL), com auxílio de professores de Engenharia Civil da instituição, de ambientalistas e demais engenheiros. 
Segundo o secretário do Meio Ambiente de Arapongas, Luiz Gonzaga Pereira será realizado um diagnóstico ambiental de todas as nascentes e das bacias hidrográficas da cidade e se existe algum indício de erosão ou qualquer problema que esteja prejudicando a qualidade das águas. “Arapongas é conhecida no Comitê Estadual de Bacias Hidrográficas como o Berço das Águas”, comenta.

Imagem ilustrativa da imagem Ação vai proteger nascentes em Arapongas


O monitoramento das nascentes, segundo ele, é fundamental para evitar novos problemas erosivos na cidade. “Três nascentes foram afetadas por processos erosivos intensos devido enchentes de 2016 que causaram grandes prejuízos”, explica ele referindo-se as crateras abertas pela força da água no no Jardim San Rafael, no Conjunto Palmares e no Clube Campestre.
De acordo com o secretário, estão sendo investidos cerca de R$ 13 milhões para correção dos passivos ambientais resultantes da erosão através de recursos do Governo Federal. “Tudo isto tem a ver com a urbanização e impermeabilização do solo no entorno destes fundos de vale, nascentes. Este projeto é oportuno na medida em que serão listadas as condições de 20 nascentes que ainda não foram significativamente afetadas e as medidas preventivas a serem adotadas para evitar consequências mais graves, com aumento significativo de recursos financeiros para mitigação. A prevenção sempre será melhor alternativa”, ressalta. 
De acordo com Gonzaga, o araponguense é privilegiado em recursos naturais, mas isso implica em responsabilidade. “São cerca de 25 nascentes em área urbana, mas temos que cuidar dessas nascentes que ainda não apresentaram nenhum problema erosivo para evitar o que aconteceu, por exemplo, no fundo do Campestre.  Nascentes que foram prejudicadas e não foram preservadas, se tornaram erosões gigantescas com custos de reparos na casa dos milhões”, reforça. 
Conforme o prefeito Sérgio  Onofre (PSC), a colaboração de toda a população é extremamente importante para preservar as nascentes. ''Cuidar de água é cuidar de vida, quero pedir para todos os araponguenses que cuidem nas nascentes, a partir do momento que o projeto ficar pronto todos saberão onde elas estão”, afirma. 
Ainda segundo o prefeito, o custo do projeto de prevenção é baixo. “O projeto custará cerca de R$ 30 mil para todas as nascentes. A obra para controlar a erosão do Jardim San Rafael hoje custa R$ 6 milhões e, no início custava cerca de R$ 30 mil para resolver o problema, mas não deram importância. O trabalho de prevenção é fundamental”, ressalta.