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Agricultura promete lucro RECORDE

DA REDAÇÃO

| Edição de 01 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Em meio a crise econômica gerada pelo coronavírus, a ‘salvação da lavoura’ veio do campo. O setor menos impactado pela crise financeira gerado pela pandemia deve ter lucro recorde neste ano e fazer girar a roda da economia. A produtividade das lavouras de grãos na região deve ter um acréscimo de 18,4% nas principais culturas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) de Apucarana. A colheita da soja, do milho e do trigo da região devem somar cerca de 866 mil toneladas. O faturamento da safra também deve ser superior ao do ano passado, devido ao alto valor do dólar. 

De acordo com o chefe do Deral em Apucarana, Paulo Franzini, a safra de soja bateu recordes históricos de produtividade este ano na região. “No ano passado colhemos 3.253 quilos em média por hectare. Este ano chegamos a colher em média 3.755 quilos de soja por hectare. Esse é um recorde histórico de produtividade média no núcleo de Apucarana”, afirmou. 
Dados preliminares do Deral apontam que a safra de soja deste ano na região foi de aproximadamente 467 mil toneladas, 15% a mais do que no ano passado, quando a região colheu 405 mil toneladas aproximadamente. De acordo com Franzini o alto valor do grão no mercado, aliado a uma super safra, deve puxar o Valor Bruto da Produção (VBP) da região. “Nosso VBP esse ano vai ser muito bom por conta do desenvolvimento da safra e do preço médio recebido, principalmente por causa da soja, que fechou julho a R$ 98,88, um excelente preço para o produtor. No ano passado, o preço médio era R$ 77,70”, observou. 
Em relação ao milho e ao trigo, a região também registrou aumento na produtividade este ano. “Em relação a primeira safra do milho, já concluída, este ano colhemos 36 mil toneladas, um acréscimo de 16% em relação ao ano passado. A safra do trigo na região tem previsão de aumento de 33% em relação ao ano passado, com previsão de colheita de 156 mil toneladas. Já a segunda safra do milho, que está em fase de colheita, tem previsão de aumento de até 16% na produção deste ano, com estimativas de colheita de até 207 mil toneladas”, explicou Franzini. 

SEM PANDEMIA
O chefe do Deral Apucarana destacou que a pandemia  que atinge grande parte dos setores produtivos, não chegou ao campo. “O agronegócio não para e faz girar toda uma cadeia da economia através da produção, logística e diversos outros setores da economia que acabam sendo beneficiados pelo trabalho do campo. Esse aumento do preço da soja em relação ao ano passado aliado a produção recorde deve trazer um ganho expressivo a toda a região, teremos um VBP bem maior que o último e consequentemente um faturamento mais alto também”, finalizou Franzini.