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Apucarana formaliza mais de 300 empresas

Renan Vallim

| Edição de 20 de janeiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os atendimentos da Sala do Empreendedor de Apucarana cresceram 24,7% em 2017, chegando a 11,1 mil serviços prestados. Foram, ao todo, mais de 300 novos Microempreendedores Individuais (MEIs) cadastrados ao longo do ano. Para 2018, mudanças na lei devem fazer com que mais pessoas se enquadrem na categoria.

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Foram atendidos em 2017, na Sala do Empreendedor, 1,3 mil MEIs, sendo 307 novos empreendedores. O restante são MEIs que se cadastraram em anos anteriores, mas que recebem acompanhamento dos agentes do órgão. De acordo com Leila Barbosa Tonelli, que é agente de crédito e desenvolvimento da Sala, vários serviços são oferecidos gratuitamente.
“Através do nosso trabalho e parceria com o Sebrae e Unespar, os microempreendedores contam com apoio em todas as etapas do negócio, como consultorias de marketing, finanças e planejamento estratégico, oficinas que ensinam como lidar com fornecedores e também com clientes, além de acesso a crédito simplificado através do Fomento Paraná, com os menores juros do mercado. Tudo gratuito”, destaca ela.
Leila ressalta ainda que os MEIs da cidade recebem auxílio para conseguir o alvará de funcionamento da prefeitura e também a vistoria do Corpo de Bombeiros. O único custo burocrático para eles é o recolhimento mensal do INSS, que é de R$ 47,70, que dá direito a benefícios do órgão federal, como auxílio-doença e aposentadoria.
“Em 2017, mudamos um pouco a nossa forma de atuar, ficando mais criteriosos. Anteriormente, muitas pessoas tornavam-se MEIs apenas para pagar o INSS mais barato e ter a possibilidade de se aposentarem. Agora, antes de conseguir o CNPJ, as pessoas precisam assistir uma palestra obrigatória que explica os direitos e deveres dos MEIs. Só seguem no processo aqueles que realmente têm o objetivo de abrir uma empresa”, afirma.

MUDANÇAS
Até o ano passado, um dos requisitos para ser MEI era faturar no máximo R$ 60 mil por ano. Porém, desde o dia 1º de janeiro deste ano, o limite anual de faturamento para adesão ao regime tributário do MEI passou para R$ 81 mil.
Outra alteração acontece para quem já estava no MEI em 2017 e faturou até 20% acima do teto, ou seja, teve uma receita de até R$ 72 mil. Neste caso, ele poderá optar pelo pagamento de um percentual, variável de acordo com o setor de atuação, sobre a diferença do valor que excede R$ 60 mil, permanecendo automaticamente como MEI.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Apucarana é o responsável pelos cursos e consultorias. Beatriz Poletto, gestora do Sebrae apucaranense, afirma que as novas regras para MEI são benéficas. “É importante para incentivar a economia local, ainda mais na situação econômica de retomada que o Brasil está passando. Muita gente que perdeu o emprego está encontrando uma forma de se recolocar no mercado abrindo o próprio negócio com sucesso”.
OPORTUNIDADE
Uma dessas pessoas é Elton Francisco de Souza. Formado em Educação Física, ele perdeu o emprego no início de 2017, mas viu na situação uma oportunidade. “Sempre quis abrir um negócio próprio. Quando fiquei desempregado, resolvi encarar o desafio”, disse.
Ele abriu uma lanchonete em março e, mesmo com pouco tempo, já começou a expandir o negócio. “Já aumentamos o cardápio, melhoramos a estrutura física e compramos novos equipamentos. Pretendemos ampliar o negócio ainda mais. O auxílio da Sala do Empreendedor foi fundamental para que eu pudesse prosperar”, diz ele.