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Apucarana monitora idosos na pandemia

DA REDAÇÃO

| Edição de 05 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Dentro do grupo de risco da pandemia do novo coronavírus, os idosos estão também entre os grupos mais afetados por outro tipo de risco: a violência e negligência. De acordo com um levantamento do Disque 100, número do governo para denunciar violência contra os idosos, promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, as denúncias de casos de violência contra a pessoa idosa quintuplicaram entre março e maio deste ano. Em Apucarana a mesma média de denúncias por mês se mantém em aproximadamente 10. Para prefeitura, o desafio será como atuar com os idosos após a pandemia. 

“Em Apucarana, durante a pandemia, as denúncias não aumentaram, mas continuamos recebendo denúncias relacionadas a negligência, abandono e todos os tipos de violência. Em todos os casos uma equipe vai até o endereço para verificar a situação. Um dos fatores que podem ter feito com que as denúncias não aumentem é que, além dos idosos, há mais crianças em casa e os idosos se tornaram uma mão de obra na família”, detalha a secretária de Assistência Social de Apucarana, Ana Paula Nazarko.
Conforme a secretária, mesmo diante da pandemia os idosos não deixaram de ser assistidos. São ofertadas 25 refeições diárias e 20 cestas básicas para quem participa do Centro Dia e aproximadamente 850 idosas recebem em casa um material, como de bordado para fazer na residência. “A gestão é tão zelosa com os idosos quanto são para as crianças. Não podemos nos reunir no Centro Dia, um espaço localizado na Avenida Aviação, onde os idosos chegavam cedo, faziam atividades e voltavam para casa só de tarde, mas não deixamos de atender os mais vulneráveis. Todos os dias levamos marmitas nas casas. As integrantes do Grupo Conviver também estão recebendo também o material de bordado e crochê para fazer em casa para que fiquem ativas durante esse momento tão complicado para eles”, ressalta.

PÓS PANDEMIA 
Ana Paula disse que a secretaria já se prepara para trabalhar com os idosos quando a pandemia passar. “Estamos trabalhando durante a pandemia e já pensamos pós-pandemia. Imaginamos que o grupo dos idosos será um dos últimos a ter uma vida normal de volta. Acredito que talvez a máscara veio para ficar, então vamos trabalhar muito essa questão da prevenção e higienização, com a ginástica para os idosos e também com o baile, vamos realizar cursos para mostrar como mexer no celular e no computador e trabalhar a questão da saúde mental que é muito importante”, finaliza.