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Apucarana voltou a mostrar força

SÍLVIA VILARINHO APUCARANA

| Edição de 24 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Situação da saúde em Apucarana e a dificuldade de contratar médicos, plano de obras para o ano que vem, projetos de geração de empregos e concurso para Guarda Municipal de Apucarana. Esses foram alguns dos temas abordados em entrevista concedida à Tribuna pelo prefeito Sebastião Ferreira Martins Junior, o Junior da Femac. Engenheiro, o prefeito também abordou nesta conversa projetos que serão desenvolvidos para o trânsito local.

TRIBUNA – Como está a situação da saúde de Apucarana? Existe algum projeto de melhorias para a UPA, que é alvo das maiores reclamações no setor?
JUNIOR – Abrimos o ano com falta de 15 médicos, devido aos problemas do programa Mais Médicos. Mas hoje a deficiência é de sete profissionais. Temos médicos em todos os postos de saúde, mas temos postos que compartilham médico, de acordo com a demanda. Abrimos a Farmácia 24 horas em frente ao UPA e somos a única cidade do norte a ter esse serviço com uma lista de medicamentos que é mais abrangente que a lista nacional. 
Nos serviços de especialidade estamos avançando, tínhamos 1,9 mil pessoas na fila de espera da dermatologia, que hoje gira em torno de 150 a 200 pessoas, que são as entram na fila todo mês. Ganhamos até um prêmio de excelência no Paraná por isso. Em relação ao Centro Infantil, queremos estender o horário dele até a noite, até as 23 horas. Já preparei tudo lá, mas faltam três pediatras e estamos lutando para encontrá-los. O Centro Infantil atende 120 crianças por dia. 
Nós sabemos que o trabalho da UPA é muito grande. Além de Apucarana atendemos mais cinco municípios lá por conta do Samu regional. Eu peço perdão a você cidadão se seu atendimento na UPA não foi legal, não é essa nossa intenção. Peço perdão mesmo, trabalhamos todos os dias para melhorar, para não faltar medicamento, vacinas. A questão da saúde é uma luta constante. Peço perdão se alguma situação na UPA na UBS, em alguma consulta da Autarquia, se você não ficou satisfeito. Estamos trabalhando e vamos melhor tudo isso.

TRIBUNA – O que está sendo feito para gerar mais emprego na cidade?
JUNIOR- Temos uma crise econômica instalada no Brasil, não só no país, no mundo, mas estamos realizando ações para trazer mais empresas para Apucarana. Conseguimos R$ 170 milhões de investimentos de novas empresas e linhas de produção. Em uma das empresas já instaladas recentemente, foram abertos 100 empregos. Outros R$ 40 milhões são investidos em uma nova empresa, que deve gerar 80 empregos. 
Estamos investindo nas compras de Apucarana, para que o dinheiro público fique na cidade. Apucarana compra por ano R$ 250 milhões e não conseguimos deixar nem um quarto aqui, fiz uma lei, aprovada pelos vereadores e agora durante a licitação de compras, quem é de Apucarana, se oferecer o preço até 10% a mais, pode ganhar. Com isso queremos gerar mais emprego e renda. Tivemos um problema no começo do ano com uma das peças do uniforme escolar. Quem ganhou foi uma empresa de Paiçandu. Veja bem, somos a cidade que mais produz roupas no Paraná, 26% de todas as peças do estado, e não conseguimos comprar uniforme em Apucarana. Agora com tudo isso vamos conseguir. 
Estamos incentivamos os cafeicultores e voltamos a ter R$ 22 milhões do valor bruto da produção do café. Nosso comércio é muito forte. Nos últimos dois meses criamos 306 vagas de empregos, minhas perspectivas para o natal, são de quase 500 vagas. Estamos colocando em prática o projeto menor aprendiz na prefeitura, 50 pessoas com idades entre 14 a 18 anos vão fazer cursos técnicos e ganhar para trabalhar 4 horas por dia. Quem nunca trabalhou vai ter essa oportunidade com a gente.

TRIBUNA – Sobre a segurança? A Guarda Municipal (GM) será reestruturada? Vai acontecer um concurso para novas contratações?
JUNIOR- Antes de falar da GM, preciso ressaltar o trabalho que as Polícias Militar e Civil realizam da cidade, um trabalho importantíssimo. No ano passado, no mapa da violência do Paraná, Apucarana apareceu entre as cidades com mais de 100 mil habitantes mais seguras para se viver. Nós estamos com um projeto de reestruturação. Criamos três serviços especializados dentro da nossa guarda. A Patrulha Maria da Penha, com o botão do pânico, a GM Meio Ambiente e Patrulha Escolar, que aborda as questões do trânsito com as crianças. 
A GM vai receber dois novos veículos, coletes e equipamentos em breve. Já assinei licitação para comprar as novas teasers, mais modernas. Recebi o estatuto dos GMs, elaborado por eles, vou levar para a Câmara daqui algumas semanas, depois de tudo certo, vamos abrir sim um concurso, vamos definir quantas vagas. Precisamos avançar.

TRIBUNA – A educação de Apucarana, como o senhor avalia e quais os planos para o próximo ano letivo.
JUNIOR – A educação de Apucarana é referência, estamos formando uma geração de vencedores, temos a melhor merenda escolar do Paraná, são 40 mil merendas por dia, com qualidade e nutricionistas. No ano que vem, vamos ofertar espanhol para todas as crianças. Já temos português, inglês e vamos ter espanhol. A Unespar tem o curso, vamos pegar estagiários. Apucarana será uma das poucas cidades do Brasil a ensinar três línguas para criança. Vamos ter a fazenda escola, ali onde era o Parque das Aves, o Ibama decretou que não poderemos ter animais silvestres, então vamos voltar a ter bosque municipal e fazendinha, com galinha cavalo, vaca, para as nossas crianças urbanas.

TRIBUNA – Novas rotatórias estão sendo instaladas em Apucarana, quais melhorias o trânsito da cidade deve sofrer?
JUNIOR – Como o Presidente Bolsonaro fala, mais Brasil e menos Brasília, a burocracia é muito grande. No momento, estamos terminando a licitação para a grande rotatória do Jardim Ponta Grossa, na região da Capela Mortuária. Sabemos do grande fluxo de veículos, mas não podemos instalar um sinaleiro por causa do trem. Então será construída uma rotatória de fluxo contínuo. Na região do Colégio São José, também será construída uma rotatória praça para melhorar também o fluxo contínuo, uma rotatória bem grande, com um monumento belíssimo da comunidade Josefina. 
Lá na região do INSS peço perdão, foi executado de algo que não estava no projeto, foi feito uma ilha, que já foi retirada, que tem um objetivo de abrigar um monumento que o pessoal do conselho do meio ambiente me pediu, por que ali, naquele ponto, é o encontro das três bacias hidrográficas de Apucarana, dos Rios Pirapó, Ivaí e Tibagi, mas já retirei dali, vamos colocar em outro lugar. 
Também vamos instalar novos sinaleiros, um deles será na Rua Pérola com a Avenida Minas Gerais. Vamos colocar também mais 10 lombadas elevadas, que deram certo e disciplinam o trânsito, dando preferência aos pedestres.
TRIBUNA – O orçamento para obras em 2020 é que R$ 40 milhões, quais os planos para o ano que vem ?
 JUNIOR -  Terminar de asfaltar todos os bairros de Apucarana, terminar a piscina aquecida do Centro da Juventude, iniciar a obra e terminar de aquecer a piscina do Centro de Convivência do Idoso. 
Vamos reforçar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, do Núcleo João Paulo e Jardins Colonial e Ponta Grossa, fazer o espaço das feiras, começar o trabalho do Mercado Municipal, começar o novo ambulatório de quimioterapia do Hospital da Providência e desenvolver o projeto da entrada da cidade, na saída para Curitiba, que um projeto belíssimo, e a construção do novo cemitério. 
Tudo isso faz parte do planejamento para o ano que vem. E também daqui a até o aniversário da cidade vamos inaugurar muitas coisas. Quando assumimos a prefeitura, Apucarana estava virando cidade dormitório. Há seis anos, quase sete anos, conseguimos fazer com que Apucarana tenha força novamente, conseguimos fazer com que a cidade volte a respirar mesmo com dívidas que temos que pagar. Sou engenheiro, temos que fazer as coisas de forma planejada, ainda mais na cidade de Apucarana que carrega uma bola de ferro no pé. Todos os meses temos que pagar entre R$ 2 a R$ 3 milhões de precatórios.