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Apucaranense fala sobre PCD e gordofobia

Da Redação

| Edição de 12 de janeiro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Há 8 anos, a vida da influenciadora digital Camila Tamiya, 31 anos, mudou completamente após um acidente de moto. A apucaranense perdeu a perna direita e hoje fala em suas redes sociais sobre como é o dia a dia de uma PCD – Pessoa com Deficiência, além de lutar contra a gordofobia. No Instagram, Camila soma quase doze mil seguidores e suas fotos sempre atingem diversas curtidas. “Postando e falando sobre esses assuntos cotidianos, eu encontrei uma maneira de vencer a depressão e ajudar outras pessoas”, conta. 

A apucaranense, que é formada em Moda, conta que logo depois que sofreu o acidente e teve a perna amputada, viu a vida mudar completamente. “Me deu um choque. Eu me vi numa situação que nunca imaginei estar, eu tinha 23 anos, andava de moto e de repente você se vê sem uma perna. Porém, eu decidi tocar a vida e me adaptar e dar a volta por cima”, recorda. 
Sobre a gordofobia, Camila diz que o preconceito sempre esteve presente em sua vida, inclusive após o acidente. “Aconteceu no hospital e quando precise sair do quarto não tinha uma cadeira de rodas que comportasse o meu peso e tamanho. A sociedade impõe que a gente vem que ser magra, bonita e com corpo de modelo. O gordo é visto como não saudável e como uma pessoa incapaz de fazer coisas que alguém magro faz. No Instagram, eu sempre falo sobre esse assunto para ajudar outras pessoas e me expressar também”, afirma. 
Antes de sofre o acidente, a influenciadora andava de moto com um grupo de amigos. Porém, devido ao trauma e a amputação da perna teve que dar um tempo no hobby. “Eu fiquei um tempo sem andar de moto depois do acidente, mas já faz algum tempo que voltei a pegar as estradas novamente em um suporte adaptado na moto. Eu amo andar de moto e fiquei feliz em poder voltar”, conta. 
Recentemente, Camila participou de um concurso na internet para conseguir uma prótese, mas apesar de ter uma boa repercussão, não conseguiu. “Queria muito ganhar, mas não foi dessa vez. A prótese é cara, custa em torno de R$ 45 mil. Já tentei usar outras próteses e não consegui por causa do meu peso e também porque meu fêmur entortou. Enquanto isso, uso a cadeira de rodas”, explica.