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Arapongas busca regularizar imóveis

Renan Vallim

| Edição de 19 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Moradores do Conjunto Palmares, na região sul de Arapongas, convivem com um problema que já se arrasta há mais de 30 anos, desde a inauguração do bairro: a falta de escrituras dos imóveis. O problema, que envolve também um loteamento recente na mesma região da cidade, foi tema de discussão na Câmara.

Imagem ilustrativa da imagem Arapongas busca regularizar imóveis

Com um total de 248 lotes residenciais, o Jardim Palmares foi construído há mais de 30 anos pelo Governo estadual da época. No entanto, a área de mais de 53,5 mil m² de áreas até hoje ainda estão oficialmente em nome da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que tem buscado regularizar a situação, com o apoio da prefeitura. “É um problema antigo, que a nossa equipe atual está buscando resolver de todas as formas possíveis”, afirma Jamil Burihan Júnior, chefe do escritório regional da Cohapar de Apucarana.
Ocorre que o residencial foi construído e entregue aos mutuários apesar de algumas documentações pendentes. “Encaminhamos um pedido para a sede da Cohapar, em Curitiba, para que sejam levantados os documentos solicitados pelo setor de registro de imóveis de Arapongas, com o intuito de regularizar a situação. O departamento jurídico do órgão também foi envolvido. É um processo complexo, que envolve uma alta exigência documental, além do custo, que deve ficar em torno de R$ 140 mil. O longo tempo de criação do loteamento também é um fator que dificulta o encontro de alguns documentos”, explica Jamil.
Adriana Gomes Batista é auxiliar administrativo e responsável pelo setor de loteamentos da Secretaria Municipal de Obras, Transportes e Desenvolvimento Urbano. Segundo ela, o setor em questão já aprovou o processo de adequação da Cohapar, faltando o setor de registros de imóveis da prefeitura receber os documentos necessários. “Sem essa adequação, os moradores não conseguem ter a escritura definitiva dos imóveis. Os principais problemas que eles podem ter é a impossibilidade de vender, partilhar ou transferir o imóvel, por não terem a propriedade legal”, diz.

IRREGULAR
Outra área, o loteamento Alto Coqueiral, também na região sul da cidade, tem situação semelhante. De acordo com a Prefeitura de Arapongas, o proprietário da área, de cerca de 12 alqueires, teria loteado o espaço por conta própria, sem autorização dos órgãos competentes, comercializando-os. “O proprietário já foi notificado pela prefeitura e teve as obras do loteamento embargadas. Até o presente momento, a prefeitura ainda não recebeu a documentação para regularização da área”, diz Adriana.
Como não houve uma divisão legal, a administração pública não sabe dizer quantos lotes foram formados, mas um requerimento na Câmara de Vereadores, protocolado na última segunda-feira (16), aponta 107 lotes. O requerimento é de autoria do vereador Fernando Henrique Oliveira (PSDB) e solicita que o município seja inserido no programa ‘Morar Legal Paraná’, da Cohapar, com o intuito de regularizar as duas situações. O órgão diz estudar a possibilidade.