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Arapongas faz ‘censo’ da população de rua

ALINE ANDRADE ARAPONGAS

| Edição de 24 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um trabalho de mapeamento e levantamento de pessoas em situação de rua está sendo feito pela equipe do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), em Arapongas. Os resultados obtidos com o levantamento devem nortear as ações do município em relação aos andarilhos.

A secretária de Assistência Social de Arapongas Ismailda Ferreira Lima da Silva explica que uma equipe está realizando abordagens e aplicando questionários junto à população de rua para entender melhor quais as necessidades e principais dificuldades desse público. “Este censo vai nos ajudar a conhecer melhor o perfil dessa população e sua realidade, para a partir disso, desenvolver trabalhos voltados às especificidades dessa população”, afirma.
O Centro POP de Arapongas atende diariamente cerca de 30 moradores de rua, em horário comercial. No local, eles recebem alimentação, roupas, atendimento psicológico e encaminhamentos para tratamentos de saúde. As assistentes sociais também auxiliam na reinserção familiar, quando é possível. 
De acordo com a coordenadora do Centro POP, Zulmireide Bonfim Lopes, o censo foi iniciado há aproximadamente 3 meses e deve ser entregue antes do final deste ano. “Fizemos um levantamento para descobrir quais são os locais com maior frequência dos moradores de rua durante à noite, agora devemos aplicar um questionário neste público para entendermos melhor quais as dificuldades e necessidades, e a partir daí, termos um diagnóstico de toda a rede que realiza o atendimento e o que podemos melhorar”, explica a coordenadora.
Entre os homens e mulheres que vivem pelas ruas, existe também um público de andarilhos que não são considerados sem teto. São pessoas que têm casa e muitas vezes tem família, mas mesmo assim, passam os dias pelas ruas, fazendo uso de drogas e álcool, e costumeiramente, abordando pedestres e motoristas para pedir dinheiro. Sobre este público, a coordenadora do Centro POP explica que um trabalho de abordagem é realizado, sempre com apoio da Guarda Municipal, para tentar realizar encaminhamentos. “Não podemos obrigar estas pessoas a sair das ruas. Nosso trabalho é de abordagem e de oferecer encaminhamentos para os Cras e para tratamento, principalmente nos casos daqueles que fazem uso de algum tipo de drogas”, disse.

PATRULHAMENTO
O secretário municipal de Segurança e Trânsito de Arapongas Paulo Sergio Argati afirma que a guarda municipal tem apoiado o trabalho desenvolvido pela Assistência Social no município e realiza abordagens frequentes nos locais de maior concentração dos andarilhos. 
“Apesar de reclamações de parte da população, não temos incidência de crimes como furtos e roubos nestes locais. Mesmo assim, estamos realizando frequentemente abordagens e patrulhamentos para encontrar algo ilícito. Também procuramos colocar viaturas nestes locais, para oferecer uma maior sensação de segurança para a população, mas não podemos impedir o direito de ir e vir destas pessoas. Se não houver nenhum tipo de crime, não há o que fazer, além das checagens que já temos feito”, explica o secretário.