OPINIÃO

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Atos de vandalismo custam muito caro à sociedade

Da redação

| Edição de 20 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os vândalos eram parte de um povo, possivelmente oriundo da Escandinávia, que entraram para a história em 455, quando após uma longa marcha pela Europa invadiram e saquearam Roma, sede do Império mais importante da época. Classificados como bárbaros pelos romanos, cunharam para sempre seu nome como sinônimo de destruição. 
Mais recentemente, no final do século XVIII, durante os ecos da Revolução Francesa, foi criado o termo vandalismo, substantivo que designa a depredação de bens públicos e privados. O termo, que nasceu na história antiga, infelizmente, é absolutamente atual.
Nesta semana, após uma série de incidentes, incluindo uma Academia da Terceira Idade entregue na sexta-feira e danificada em questão de dois dias, a Prefeitura de Arapongas fez um alerta e um pedido à população no intuito de colaborar com a fiscalização dos espaços públicos e denunciar danos ao patrimônio. 
Faltam números para mensurar o tamanho do prejuízo causado pelo vandalismo, uma vez que os os custos dos reparos acabam sendo pulverizados entre diferentes secretarias, mas ele é enorme não apenas em Arapongas, mas em todo país, visto que essa postura destrutiva e pouco consciente de uma parte da população se repete de norte a sul, causando prejuízos para prefeituras, governos estaduais e órgãos federais.
O vandalismo é a falta de civilidade e o comportamento antissocial em sua forma mais pura. Diferente dos vândalos originais, que usavam a destruição como ferramenta de intimidação e conquista, o morador que danifica o parquinho das crianças no bairro não ganha absolutamente nada com sua ação, pelo contrário perde.
A depredação do que é público não causa apenas prejuízos à prefeitura, que tem que colocar dinheiro e recursos humanos para consertar o que foi danificado, mas a todo o entorno, que sofre um processo de desvalorização imobiliária, além do golpe na autoestima da comunidade envolvida. 
Combater essa postura implica, principalmente, em conscientização da comunidade e valorização do espaço público. Mobilização é fundamental para inibir este tipo de comportamento.