OPINIÃO

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Autores de trotes geram prejuízos à coletividade

Da Redação

| Edição de 18 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número alto de trotes aplicados contra serviços de emergência e urgência chama atenção em Apucarana. Essas ligações correspondem a até 40% do total na Polícia Militar (PM), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e Corpo de Bombeiros em Apucarana e Arapongas. É algo incompreensível. O que leva uma pessoa a prejudicar serviços tão importantes para a sociedade?

Em Arapongas, um caso chamou atenção na semana passada. Um homem foi preso por aplicar sucessivamente trotes à Polícia Militar. Esse morador chegou ao cúmulo de adquirir três números de telefone diferentes para prejudicar o trabalho da corporação com falsas informações de ocorrências. 
É claro que a primeira reação é cobrar uma punição dessas pessoas. É inegável que é importante processar e levar para a Justiça essas pessoas que agem contra a coletividade, com um único objetivo de prejudicar o serviço público. 
No entanto, é fundamental conscientizar as pessoas sobre quão ridícula é essa atitude. A PM, o Samu e o Corpo de Bombeiros são órgãos públicos que atendem as pessoas em momentos delicados, seja em acidentes, problemas graves de saúde e ação de criminosas. Passar informações precisas é o mínimo que se espera. Ao passar trotes, essas pessoas prejudicam o próximo de forma deliberada. 
O trote é uma brincadeira sem nenhuma graça, é um comportamento doentio, que não pode ser tolerado. Em muitos casos, a Polícia Militar, Samu ou Corpo de Bombeiros saem para atender a falsa ocorrência, onerando os cofres públicos em uma situação inexistente. 
É preciso punir, sim, os responsáveis pelos trotes e também orientar a população sobre o assunto. Ao ocupar a linha para passar informações falsas, essas pessoas prejudicam atendimentos que poderiam salvar vidas. O mais contraditório é que, certamente, essas pessoas que passam trotes, em alguma oportunidade, já precisaram do Samu ou da PM. É um retrato da falta de respeito com a coletividade.
O problema, como sempre, é a falta de educação no país. Muitas pessoas acham correto tirar vantagem dos outros ou engraçado prejudicar o serviço público, interferindo no trabalho das pessoas que estão lá para defender o interesse público.