CIDADES

min de leitura - #

Baixa umidade do ar gera alerta na saúde

Renan Vallim e Fernanda Neme

| Edição de 20 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.



A umidade relativa do ar em Apucarana e região tem se mantido em níveis alarmantes nos últimos dias. Com a falta de chuvas, os índices têm se mantido em torno de 25%. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ambientes abaixo dos 30% são considerados de risco, com grande propensão ao desenvolvimento de doenças. Crianças estão entre os mais afetados pelo tempo seco. Em Apucarana, a demanda de atendimento no Centro Infantil cresceu entre 50% e 60% por conta do clima.
O tempo seco agravou dores na garganta e ouvidos de Miguel, de um ano. Filho da dona de casa Jéssica do Santos, de Apucarana, ele apresentou também febre. A mãe levou a criança ao médico duas vezes nesta semana e ainda mantém alguns cuidados em casa. “Estou fazendo limpeza dos ouvidos com soro e a médica já alertou que a baixa umidade está piorando os sintomas”, conta a mãe. 
A aposentada Vera de Oliveira também está em alerta por causa de uma possível sinusite da filha Luiza Maria, 4 anos. “Ela vem reclamando de dor na região no nariz e a médica pediu um raio x para descobrir o que é. A Luiza começou a tomar antibiótico ontem. Esse tempo seco piora os sintomas”, explica Vera. 
Outra mãe que está em estado alerta é a dona de casa Erica Fernanda da Silva. A filha Alice, de 9 meses, está com o nariz escorrendo e catarro, além de inchaços na região do pescoço. “A médica disse que a baixa umidade colaborou com a inflamação do ouvido e da garganta”, afirma Erica. 
“O frio, a baixa umidade e maior concentração de poluentes são fatores que aumentam os problemas respiratórios”, explica a enfermeira Ângela Maria Teixeira Azevedo de Campos, do Centro Infantil Sonho de Criança.
Angela explica que o clima interfere diretamente na procura por atendimento de saúde. Atualmente, a clínica tem recebido entre 110 e 120 crianças diariamente. “É um movimento 50% a 60% maior, tanto que reforçamos o atendimento com mais um pediatra para dar conta da demanda”, comenta.

DICAS
A enfermeira dá dicas para o pais ou familiares para que mantenham as crianças hidratadas e a casa sempre bem ventilada e arejada. “Procure sempre lembrar a criança de tomar água. Até a gente toma menos líquido neste período frio. Brinco sempre falando que devemos ter sede por eles. Outro ponto importante, é manter sempre os ambientes de casa arejados para que não acumulem poeira e ácaros, que podem agravar os problemas respiratórios”, explica.