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Bananeira vira matéria-prima de artesanato

Fernanda Neme

| Edição de 11 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Além de dar frutos que são ingrediente principal de muitos produtos da agricultura familiar, a bananeira também começa a servir de matéria-prima para a produção de artesanato. Esse é o mote de um novo projeto das mulheres que integram o programa Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, de Apucarana. As fibras do caule da planta vão se transformar em chapéus, bolsas, esteiras, abajures, lustres, e outros vários acessórios.

Imagem ilustrativa da imagem Bananeira vira matéria-prima de artesanato

A diretora do programa Bete Berton diz que a ideia surgiu recentemente através de pesquisas na internet e já conta com 10 participantes de Apucarana e do Distrito Pirapó. Na manhã de ontem, a diretora e duas participantes do programa, acompanhadas do artesão de Rolândia, Pez Santin – especializado neste tipo de artesanato - foram até a localidade para separar as fibras para dar início à confecção das peças.
Bete explica que o programa vai ensinar todas as etapas, desde a retirada do caule, até que ele seja transformado em fibras e a confecção das peças. Além do artesanato, as mulheres irão aproveitar a banana e sua casca, e investir também na parte gastronômica. Elas irão produzir bolos, biomassa, barrinhas de cereal, entre outros pratos com a fruta e casca. “Sempre procuramos atividades novas para motivar as mulheres e trabalhos exclusivamente artesanais”, ressalta.
A dona de casa Débora Bermudes de Favere, 46 anos, do Pirapó, e a artesã Lídia Naomi Kinoshita, 58, de Apucarana, integrantes do grupo Economia Solidária, estão adorando a experiência com o material extraído da bananeira. “Além de amar esse trabalho, ainda ajudo na renda de casa. Já produzi uma bolsa com essas fibras”, adianta Lidia. Débora concorda com a colega. “É algo que distrai bastante. Já fiz duas bolsas neste período”, garante.

PREMIADAS
O programa de economia solidária, que junto com o programa Terra Forte foi destaque na 4ª edição do Prêmio Gestor Público Paraná, incentiva a geração de renda e o cooperativismo. Em julho deste ano, a mulheres seguem para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para participar da 13ª Feira Latino Americana de Economia Solidária. “O mais interessante é que elas, com a renda de seus trabalhos, irão bancar a viagem e os passeios turísticos. Mostrando mais uma vez o quanto de autonomia esse trabalho traz”, destaca Bete Berton.
Em Apucarana, o grupo Economia Solidária expõe os trabalhos no dia 11 de fevereiro. O local ainda não foi definido, mas será divulgado até o final de janeiro.