POLÍTICA

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Beto Richa é preso pela terceira vez

Folhapress

| Edição de 20 de março de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã de ontem, pela terceira vez, suspeito de se beneficiar do desvio de recursos do governo estadual.

Imagem ilustrativa da imagem Beto Richa é preso pela terceira vez


A prisão preventiva foi decretada pela Justiça Estadual do Paraná, no âmbito das investigações da Operação Quadro Negro - que apura um esquema de fraude em obras de escolas públicas do Paraná.
Além de Richa, foram presos preventivamente nesta terça o ex-secretário estadual Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino, apontado como operador de propinas do tucano.
Segundo o promotor Leonir Batisti, do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), Richa foi detido por obstrução de justiça. Ele não quis dar mais detalhes dos fatos que motivaram o mandado. Richa foi preso em seu apartamento no bairro Bigorrilho e levado para a sede do Gaeco, no Ahu.
Batisti afirmou, porém, que eles não estão englobados pelo salvo-conduto concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) -que, na última sexta (15), impediu novas prisões do ex-governador e de sua família em relação a outra investigação por desvio de verbas no Paraná.
“Nós não temos intimação disso, não nos diz respeito”, afirmou Batisti à reportagem.
Esta é a terceira vez, desde o ano passado, que Richa é preso. Ele já foi detido num desdobramento da Lava Jato, suspeito de se beneficiar de recursos desviados de concessões rodoviárias, e também pelo próprio Gaeco, que apurou um esquema de desvios em obras de manutenção de estradas rurais no Paraná. Richa acabou solto, nas duas ocasiões, por decisões de tribunais superiores.
O advogado Guilherme Brenner Lucchesi, que defende Richa, afirmou em nota que a prisão “não tem qualquer fundamento” e destacou que as fraudes nas obras foram descobertas e investigadas pela própria gestão, que tomou providências administrativas contra as construtoras e servidores envolvidos. “Trata-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos”, disse o defensor.