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Câncer de mama faz 55 vítimas na região

DA REDAÇÃO

| Edição de 14 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Levantamento da 16ª Regional de Saúde aponta o câncer de mama como a causa da morte de 55 mulheres entre janeiro de 2019 (38), até agosto deste ano (17). Entretanto, no comparativo entre os anos houve redução de 32% no número de óbitos, com 25 registros entre janeiro a agosto de 2019, e 17 no mesmo período de 2020. 

O levantamento também mostra que 58,8% das vítimas tinham idade acima dos 60 anos, 29% entre 40 e 59 anos e 11,7% tinham entre 20 e 39 anos. Mesmo com redução, especialistas consideram a quantidade de mortes preocupante e destacam a importância do diagnóstico precoce sobretudo no mês do Outubro Rosa, marcado pelas ações de conscientização contra o câncer de mama. 
“A gente trabalha e faz um esforço muito grande para que não tivéssemos nenhum óbito no que se refere ao câncer de mama, porque é uma patologia com possibilidade de diagnóstico precoce”, assinala o chefe da 16ª RS, Altimar Carletto. 
Sobre a redução no número de mortes ele avalia que pode ter relação com o diagnóstico precoce e a disponibilidade de serviços de referência em oncologia no Hospital da Providência, em Apucarana e Hospital Norte do Paraná (Honpar), em Arapongas, entre outros. “Todo o pessoal da saúde pública tem se empenhado muito no sentido de dar o melhor atendimento possível, nos melhores prazos possíveis”, assinala.
Já na opinião do oncologista Cristiano Argenti, qualquer avaliação sobre dados estatísticos e epidemiológicos para o ano de 2020 estará comprometida pela pandemia da Covid-19. De acordo com ele, a Sociedade Brasileira de Patologia estima que mais de 50 mil pessoas deixaram de receber o diagnóstico de câncer pelo cancelamento das cirurgias durante a pandemia. “Penso que tanto o número de casos quanto o de mortes devem estar subestimados no ano 2020, devido a pandemia. Principalmente pela falta do diagnóstico que deveria ter sido feito, em decorrência ao cancelamento de biópsias e cirurgias. Portanto, acredito que a redução no número de mortes por câncer de mama possa estar mascarada”, acredita.