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Cenário desolador

Editoria de Política

| Edição de 06 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, voltou a alertar os novos prefeitos, ontem, em entrevista à imprensa, que o cenário econômico que eles vão encontrar neste ano é desolador. Ele destacou que uma das dificuldades é a falta de autonomia dos municípios no que se refere a obras e à oferta de novos programas em áreas como Educação, Saúde e Assistência Social, que deverão sofrer forte impacto com os ajustes previstos pelo governo federal. Ziulkoski também alertou sobre a crescente dívida previdenciária dos municípios com a União, estimada em mais de R$ 100 bilhões e a baixa arrecadação relativa a impostos como o IPTU. Sobre os impactos do congelamento de gastos sobre as prefeituras, ele alertou: “Todos concordamos com o ajuste, mas não se pode simplesmente matar um doente, porque os municípios já estão em situação ruim”.

Sem imprensa Vereadores eleitos de Apucarana, principalmente os novatos, participaram de reunião ontem com a equipe técnica e jurídica do Legislativo. No entanto, a imprensa e até assessores de gabinete não puderam acompanhar a reunião por ordem do procurador jurídico Petrônio Cardoso.

Inibição Segundo Petrônio, a reunião foi convocada apenas para que os vereadores pudessem conhecer como funciona a Câmara, uso dos microfones, comportamento em plenário, Regimento Interno, etc. A presença da imprensa, segundo ele, poderia deixar alguns novatos inibidos.

Comissões O presidente da Câmara de Apucarana, Mauro Bertoli (PTB), confirmou que a reunião de ontem era mais técnica do que política, então era necessário deixar os vereadores à vontade. Na próxima segunda-feira, informa, haverá reunião específica para eleição das comissões.

Postos de saúde O vereador reeleito Miguel Messias (SD), de Arapongas, fez nesta semana visita a todos os postos de saúde do município para saber como foram deixados pela administração anterior. Segundo ele, a situação é bastante precária, com alguns deles praticamente destruídos.

Em férias Depois que entregou o cargo ao sucessor Sérgio Onofre da Silva (PSC), o ex-prefeito de Arapongas, padre Beffa (PHS), decidiu tirar férias por conta própria no mês de janeiro. Em fevereiro, ele pretende ter uma conversa com o bispo Dom Celso, a quem vai pedir uma paróquia para comandar.
Impedimento Há um decreto assinado pelo bispo Dom Celso impedindo padres de exercer cargo político. Quem não obedecer fica sem paróquia, sem casa da diocese para morar e só pode voltar a comandar uma paróquia após passado o mesmo número de anos que exerceu tal mandato político. 

Exceção Padre Beffa vai tentar justificar ao bispo Dom Celso que, quando o decreto impedindo participação de padres na política foi assinado, ele já era político e prefeito de Arapongas, portanto, tinha direito assegurado. Padre Beffa também já se desfiliou do PHS e diz que não quer mais saber de política.

Extraordinárias  Em Borrazópolis, os vereadores assumiram no dia 1º de janeiro e, já nesta semana, foram convocados para sessões extraordinárias, que tiveram início ontem, para votar três projetos de lei enviados em regime de urgência pelo prefeito reeleito Adilson Luchetti (PSB), o Didi.

Projetos Sob presidência do novo presidente da Câmara, Marcelo Rodrigues(PMDB), vereadores de Borrazópolis começaram a votar dois projetos que tratam do reajuste salarial anual dos servidores e dos professores e um que concede subvenção para a Associação dos Catadores.

Visita O prefeito eleito de Godoy Moreira, José Gonçalves (PSDB), esteve reunido nesta semana com a prefeita eleita de Cruzmaltina, Luciana Bueno de Camargo (PSDB). Ambos discutiram problemas comuns existentes em seus municípios. Eles acham importante a troca de ideias entre os prefeitos.

Vapt Vupt

Alguns prefeitos do Vale do Ivaí tencionam adotar “medidas amargas” neste início de mandato.          
A maioria já está cortando cargos comissionados e evitando novas contratações.      
Nos pequenos municípios da região, as prefeituras são as maiores empregadoras de trabalhadores.            
Muitos cabos eleitorais estão pedindo emprego nas prefeituras de seus municípios, mas em vão.