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Cesta básica ultrapassa R$ 600 em Apucarana

DA REDAÇÃO

| Edição de 12 de outubro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O levantamento mensal da cesta básica e do salário mínimo realizado pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana, revela que entre os meses de agosto e setembro de 2021, o preço da Cesta Básica no município teve um aumento de 3,93%, passando dos R$ 579,58 para R$ 602,38. A alta foi puxada principalmente pelo preço do tomate, que teve reajuste de 70,47%.

Para o economista Rogério Ribeiro, os reajustes de preço já estavam acontecendo no mês de agosto e isso veio com mais força para Apucarana em setembro. “Todo mundo está reclamando do preço do tomate e está tirando ele do cardápio. Em Apucarana, o quilo está entre R$ 7 e R$ 8, dependendo do estabelecimento. Isso contribuiu realmente para que o valor total da cesta básica rompesse o patamar dos R$ 600. A alta no preço tem relação com as geadas que prejudicaram as plantações neste ano e a estiagem. Com isso, o tomate que é vendido aqui, vem de outras regiões e passa ter valor mais alto por causa do frete”, explicou o economista. 
Outros itens que sofreram aumentos relativos de preços foram o café (8,62%), açúcar (8,03%), batata (7,01%), banana (0,95%), farinha de mandioca (0,32%), óleo de soja (0,30%) e o feijão (0,25%). Apresentaram reduções de preços: carne (-4,21%), leite (-2,47%), pão francês (-0,86%), arroz (0,24%) e manteiga (-0,03%). 
“O café está subindo todo mês, o açúcar também, pois são commodities. De modo geral, os preços dos alimentos estão subindo muito. Não é um evento nacional, regional, é mundial. O mundo todo está experimentando essa situação da inflação puxada pelas commodities” esclarece Ribeiro. 
“O que vemos é uma cesta básica muito elevada, que rompe R$ 600 reais e consome mais da metade do salário mínimo, o que leva a gente a pensar em um salário mínimo ideal de R$ 3.800 em Apucarana, e em Arapongas, de R$ 4 mil”, finalizou o economista.
Para o consumidor, o poder de compra fica cada vez mais reduzido, o que reflete na mesa. O aposentado Manoel Galdino de Almeida, 65 anos, acredita que mudança, só por um milagre de Deus. 
“Tudo caro, um absurdo, as coisas não subiram, as coisas triplicaram o preço, hoje eu vivo com uma aposentadoria que não chega a dois salários, eu e minha esposa se for somar tudo não dá. Imagina meus filhos, um deles paga aluguel e tem que tratar de três crianças, a despesa é um absurdo, e o pior que as mercadorias não vão baixar. O tomate está quase no preço do quilo de carne. Não há governo que entre lá que vá baixar essas mercadorias, só milagre Deus e a misericórdia”, disse.