A variação de preços da cesta básica em Apucarana é de 34,5%, em média. O resultado foi obtido após pesquisa realizada na tarde de ontem pela Tribuna nos seis principais estabelecimentos da cidade. Batata foi o item cujos preços encontrados mais oscilaram, ultrapassando os 60% entre um supermercado e outro. Banana e farinha de trigo também registraram variações relevantes.
Foram pesquisados os preços dos 13 produtos que constam na lista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Para padronizar a pesquisa, o levantamento definiu marcas específicas, escolhendo aquelas que poderiam ser encontradas no maior número de estabelecimentos.
Alguns produtos não foram encontrados em determinadas lojas. Foram utilizados os preços comuns, não sendo computados os valores para membros dos clubes de descontos. Os valores obtidos ontem podem variar, dependendo do horário e do dia em questão, bem como da existência de promoções em determinados supermercados.
A média de preço da cesta básica como um todo ficou em R$ 84,16. Segundo a pesquisa, os produtos mais baratos somaram R$ 72,03, enquanto que os mais caros ficaram em R$ 96,87, resultando em uma variação de R$ 24,84, ou 34,5%.
A maior variação relativa foi do quilo da batata, encontrado custando entre R$ 1,79 e R$ 2,95. Com isso, a oscilação foi de R$ 1,16, ou 64,8%. Em seguida ficou a banana nanica, vendida entre R$ 1,89 e R$ 2,99 o quilo, diferença de R$ 1,10. A variação da fruta ficou em 58,2%. Em seguida aparece o pacote de 1 quilo da farinha de trigo. O item foi encontrado com variação de até R$ 1,19, ou 54,3%, sendo comercializado com preços entre R$ 2,19 e R$ 3,38.
Já a maior variação absoluta foi da carne vermelha, mais precisamente do quilo do coxão mole, vendido custando entre R$ 15,64 e R$ 23,98, uma diferença de R$ 8,34, o que equivale a 53,3%. Depois ficou o pacote de cinco quilos do arroz agulhinha tipo 1. O produto foi encontrado custando entre R$ 15,97 e R$ 19,90, uma oscilação de R$ 3,93, o equivalente a 24,6%.
Alessandra Aparecida Sotti é técnica em enfermagem e afirma que, por conta da variação de preços, sempre procura os estabelecimentos mais baratos. “Eu e minha família temos um mercado que acreditamos ser o mais barato. Por isso, sempre optamos por comprar no mesmo lugar”, afirma.
Já a aposentada Solange Farias tem outra estratégia. “Dou uma olhada nos preços dos principais mercados e compro somente os itens mais baratos em cada um dos locais. Dá trabalho, mas hoje em dia a gente precisa pesquisar bem antes de gastar”, diz.