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Duplicação da ‘Minas Gerais’não avança e gera questionamentos

Lis Kato

| Edição de 06 de maio de 2024 | Atualizado em 06 de maio de 2024
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Após mais um acidente registrado no último sábado (4) no trecho da duplicação da Avenida Minas Gerais, prolongamento da BR-376, no acesso ao Núcleo Habitacional Adriano Correia, que resultou na morte de um idoso, moradores da região questionam sobre a segurança e a demora para a conclusão da obra no local. Além do “Adriano Correia”, o trecho é utilizado diariamente por pessoas que vivem no Residencial Fariz Gebrim, Núcleo Habitacional Michel Soni, Recanto do Lago e Residencial Monte Sião, na saída para Curitiba.

As obras de duplicação foram iniciadas há um ano na pista, após finalização de projetos de drenagem, e os moradores reclamam da insegurança, já que houve mudanças na pista. Há apenas uma faixa “subindo” a avenida em direção ao centro e uma “descendo” em direção aos bairros. Não há também acostamento para os pedestres. Desde então, o trecho é palco de inúmeros acidentes.

No sábado, um homem de 72 anos morreu após uma colisão frontal em trecho próximo à entrada do Adriano Correia. Um outro motorista, de 21 anos, ficou gravemente ferido.

Gilmaria Regina de Souza, de 35 anos, moradora do Residencial Fariz Gebrim, relata que a obra da duplicação está muito perigosa, pois não há um lugar apropriado para o pedestre transitar. “Aqui é muito perigoso, porque não tem lugar para o pedestre andar. Além disso, a obra não anda e fica empacada. Aqui temos que andar do lado de carro na rodovia. É muito perigoso para atravessar essa rua. Foram muitos acidentes já registrados aqui. As autoridades estão pensando só no motorista, porque para o pedestre eu não estou vendo nada sendo feito”, pontuou a moradora.

O operador de máquinas, Everton Batista Pinheiro, de 32 anos, morador da região, utiliza o trecho todos os dias e também reclama das condições do trecho. “O local aqui está perigoso, à noite a iluminação é bem precária. Agora que colocaram essas pedras aqui deu uma melhorada, mas algum tempo atrás estava bem difícil caminhar aqui. Atravessar na rodovia é praticamente impossível. Tem que tomar todos os cuidados, olhar bem para os lados, se não corre risco de sofrer acidente. Inclusive, acontecem vários acidentes aqui. Mas a gente vê também a falta de responsabilidade dos motoristas por todo canto. É motociclista também entrando na pista com tudo, carro, caminhão. Eu passo aqui faz tempo e não muda muita coisa. Parece que está sempre parado. Eu não vejo muita evolução no dia a dia, vejo pouca coisa acontecendo”, observou.

Alex Avellar de Oliveira, de 33 anos, auxiliar de produção e morador do Fariz Gebrim, também expressa preocupação com as condições precárias durante a execução da obra. “Aqui está muito complicado, é um perigo. Não tem lugar nenhum para o pedestre andar. Para nós, é totalmente impossível de transitar em segurança, o risco de acidente é enorme. Inclusive, já aconteceram vários. Os cones são mal sinalizados, a obra não tem evolução”, lamenta o auxiliar de produção.

Prefeitura afirma que aguarda mudança de rede

Com investimento de R$ 10 milhões para duplicação de cerca de 2km, a obra é financiada com recursos estaduais, e executada pela Tapalan Construções e Empreendimentos Ltda, que foi contratada pela prefeitura após licitação.

A secretária municipal de Obras, Caroline Moreira, informou que a prefeitura solicitou à empresa executora para fazer o reforço da sinalização temporária da obra. Além disso, destaca que o avanço das obras depende da mudança da rede de alta tensão no local, que foi programada pela Copel para 19 de maio. A secretária também informou que a colocação da capa asfáltica do trecho do Núcleo Adriano Correa está programada para a sequência do serviço de deslocamento da rede.