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Incêndios ambientais disparam em Apucarana e geram alerta

Adriana Savicki

| Edição de 29 de abril de 2024 | Atualizado em 29 de abril de 2024
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Um incêndio em vegetação mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Apucarana no início da tarde de ontem. O fogo atingiu um terreno entre o Residencial Araucária e a rodovia BR-369, saída para Arapongas. Grandes nuvens de fumaça colocam motoristas em risco e ameaçaram atingir áreas de mata. Esse cenário é cada vez mais comum em Apucarana. Neste mês já foram registrados 32 incêndios em vegetação no município, número 190% maior que a média mensal de sinistros registrados até agora.

Segundo levantamento realizado junto ao sistema do Corpo de Bombeiros, entre janeiro e março foram 33 ocorrências, uma média de 11 por mês. No comparativo com o registrado em abril do ano passado também há aumento no número de incêndios: foram 11 casos em 2023.

Mais comuns a partir dos meses de julhos e agosto, a temporada de incêndios ambientais adiantou neste ano e gera alerta.

“Historicamente, os meses de maior quantidade de incêndios ambientais são a partir do mês de agosto, mas de alguns anos para cá temos notado esse aumento em outros períodos do ano”, afirma a tenente Kelly Zanlorenzi, do 11º Grupamento Ambiental de Apucarana. 

Com o clima atual, com baixa umidade relativa do ar e dias muito quentes, os números devem aumentar. “Essas condições e o vento facilitam muito o alastramento das chamas”, comenta.

Segundo ela esse aumento precoce dos incêndios em vegetação preocupa porque envolve uma maior necessidade de mobilização da tropa. Segundo a tenente, os incêndios ambientais também trazem consequências para outros setores. 

“Dentre as consequências tem a questão de hospitalizações decorrentes da inalação de fumaça, que é bastante tóxica principalmente para pessoas com problemas respiratórios, além da obstrução de visibilidade em trechos próximos de rodovias, o que amplia consideravelmente o risco de acidentes”, comenta.

A tenente destaca que praticamente a totalidade dos incêndios em vegetação é causada por fator humano e a maioria das condutas pode ser classificada como criminosa. “Seja por vandalismo ou com intuito de limpar seus terrenos, as pessoas não têm bom senso de perceber que um ato desse pode gerar graves consequências”, afirma. 

Segundo a tenente, a população pode auxiliar na prevenção, mantendo os terrenos limpos de modo a reduzir o risco de incêndio – ou denunciando aos órgãos competentes as áreas que precisam de limpeza. “Quando ocorre a ação criminosa, as pessoas também devem denunciar os autores”, orienta.