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Clima seco e fumaça aumentam doenças respiratórias

DA REDAÇÃO

| Edição de 17 de setembro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O clima atípico dos últimos dias na região – que soma estiagem, baixa umidade relativa do ar e calor –, foi intensificado com a chegada da fumaça gerada pelas queimadas da região do pantanal matogrossense. Segundo estimativa divulgada pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana, a demanda por atendimentos ligados a problemas respiratórios cresceu 30%.

De acordo com o médico pediatra Luiz Carlos Busnardo, que atende no Centro Infantil Municipal, a baixa umidade do ar e demais agravantes do clima provocam dificuldade respiratória, surgimento de secreção nas narinas, catarro no peito, além de tosse. Sem contar o desencadeamento de crise de asma, rinite alérgica, faringite e sinusite. 
Enquanto o clima não ajuda, o médico Busnardo recomenda medidas preventivas para livrar à população desse problema de saúde. “A principal dica é uma boa hidratação,  é preciso consumir uma quantidade de água bem acima do normal do que a pessoa está acostumada. Manter uma alimentação saudável, baseada em frutas verduras e legumes. Evitar alimentos gordurosos e industrializados. Evitar atividade física desgastante, ou seja, aquela leva a uma exaustão. Vale lembrar que a atividade física moderada é protetora e indicada”, orienta Busnardo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de umidade do ar ideal deve estar em um nível igual ou superior a 60%, esse índice em Apucarana ontem (15) estava em 34%.
EQUILÍBRIO
Para o biólogo de Apucarana, Wanderson Abrão, a chegada da fumaça das queimadas no Mato Grosso traz efeitos para além da área de saúde. “Na nossa região há incidência de fumaça que contém substâncias tóxicas. Com esse efeito os insetos polinizadores, por exemplo, podem ser extintos, Caso das abelhas que não retornam às colmeias”, diz.