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Cocap enfrenta problemas na coleta em Apucarana

Renan Vallim

| Edição de 06 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap) está enfrentando dificuldades para realizar o serviço de coleta no município. Os três caminhões da cooperativa não têm dado conta do volume crescente de materiais, que se intensifica neste período do ano. Os dois novos veículos adquiridos pela prefeitura recentemente, que poderiam normalizar o serviço novamente, ainda não chegaram.

De acordo com o gestor da Cocap, Antônio Roberto Nogueira, em períodos normais, a coleta gira em torno de 200 toneladas por mês, em média. Porém, nesta época do ano, há um aumento significativo da demanda, que chega a até 75%. Desde novembro, a cooperativa tem trabalhado no limite, coletando 250 toneladas mensais.
“Temos uma estrutura mínima de trabalho e, quando chega neste período do ano, há um aumento muito grande de materiais recicláveis. Com isso, fica impossível atender a demanda. Se pudéssemos ampliar a coleta, chegaríamos provavelmente a 350 toneladas”, diz Antônio.

Imagem ilustrativa da imagem Cocap enfrenta problemas na coleta em Apucarana


A expectativa é de que esta alta no volume de materiais recicláveis se mantenha até o final deste mês. A Cocap espera que a chegada de mais dois caminhões, prevista para acontecer ainda em fevereiro, possa regularizar a situação. “Os caminhões eram esperados para o mês anterior, mas devem chegar neste mês. Com isso, esperamos conseguir dar conta de todo este volume”, diz Antônio.
Os caminhões foram licitados no segundo semestre do ano passado com verba da Prefeitura de Apucarana. Além de atenderem a demanda normal de coleta, eles serão fundamentais para expandir o projeto de sacolas retornáveis da cooperativa para todo o município. O projeto foi lançado em julho do ano passado em alguns bairros da cidade. As sacolas são entregues aos moradores e depois recolhidas com os recicláveis. Elas são feitas de material resistente, recolhido pela própria Cocap, e costuradas pela cooperativa.
O gestor, que entrou em julho de 2017 após decisão judicial para organizar a cooperativa, explica ainda que outros problemas acabaram influenciando na dificuldade em atender o aumento momentâneo da demanda. “Os cooperados nunca haviam tirado férias. Então, trabalhamos para fazer uma escala de férias. Com isso, muitos deles não estão trabalhando e, por isso, ampliamos o número de cooperados de 45 para 50, para suprir as ausências. Outro problema é a enorme quantidade de lâmpadas irregularmente guardadas no barracão, que ocupam muito espaço e dificulta o nosso trabalho”