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DA REDAÇÃO

| Edição de 16 de fevereiro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Antes de falar sobre a minha experiência com a Covid-19, quero fazer um agradecimento. Faço o reconhecimento aos profissionais que estão atuando desde o início na linha de frente da pandemia. Que abdicam da convivência com os seus familiares para atender o próximo, inclusive colocando a sua própria vida em risco.

Mas faço em especial, e em nome deles para todos os demais, aos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, pessoal de apoio administrativo e zeladoria do nosso Hospital de Reabilitação do Complexo do Trabalhador, aqui em Curitiba. Onde fiquei internado por oito dias na unidade pública do Estado.
Rendo o meu especial agradecimento também àqueles que dedicaram algum tempo para me incluir nas suas orações. Estou reestabelecido. Meu muito obrigado!
Quanto à doença, os sintomas foram os mais comuns: dores de garganta, tosse e um pouco de febre. Fiquei num leito de enfermaria em observação. A doença, embora tenha sido moderada, nos dá uma angústia sobre a sua evolução. Temos acompanhado e falado sobre a situação da pandemia do coronavírus no Paraná todos os dias. Sabemos da sua gravidade.
É uma doença que nos pega rapidamente, pode nos levar para o leito de um hospital e até mesmo agravar.
Na condição de médico, posso dizer que do ponto de vista clínico, os prognósticos diários me animavam. Mas também tive períodos de incerteza.
A ausência da família, a distância de casa, a saudade dos filhos e da esposa em Apucarana pioram um pouco o quadro. Embora seguro com a excelência da infraestrutura do Sistema Único de Saúde do Complexo e de sua conceituada equipe, que tem a sua marca na referência hospitalar do Paraná e do Brasil, ainda assim os momentos foram difíceis.
A minha medicação foi estabelecida em analgésicos e antitérmicos, nada além disso. Não há, repito, nenhuma drogaria que nos coloque na condição de prevenção no momento.
Os dias foram passando, e a recuperação gradativa se apresentava mais sólida. Dividi com outros pacientes no hospital a rotina de quem conta os dias para o retorno ao lar.
E foi com esse horizonte que estou recuperado.
Na condição de secretário de Estado da Saúde, de gestor da política pública de saúde, volto revigorado para servir o Paraná e os paranaenses.
Pela memória de cada pessoa que adoeceu, que não venceu a Covid-19, de cada família que hoje chora, de cada comunidade que está enlutada, de cada cidade entristecida, reafirmo o meu compromisso de trabalhar ainda mais! Precisamos continuar nos cuidando. Vamos passar. Vamos em frente!