OPINIÃO

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​Conscientização é essencial para reduzir queimadas

Da Redação

| Edição de 22 de setembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Paraná já registrou quase 1,3 mil focos de incêndio em setembro. É o maior número para este mês nos últimos 12 anos, segundo dados do Corpo de Bombeiros e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A maioria desses casos é causada por conta da ação humana. São pessoas que provocam queimadas ou jogam bitucas de cigarro aleatoriamente, causando esses incêndios, alguns de grande proporção. 

Com o clima seco dos últimos dias, o risco de queimadas é muito grande. Por isso, a população precisa colaborar. Colocar fogo na vegetação para realizar a limpeza do quintal ou de terrenos baldios representa um perigo gigantesco. Até por isso é considerado crime ambiental. O dono do terreno ou a pessoa responsável pelo manejo do fogo pode sofrer as sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais e receber multas que variam de acordo com a área queimada.
A combinação de massa de ar quente e tempo seco aumenta os riscos. Assim, uma queimada aparentemente inofensiva pode se transformar num grande incêndio, colocando a população em risco. Recentemente, várias moradias em Apucarana precisaram ser evacuadas após um incêndio ambiental. A fumaça invadiu as casas de várias ruas. 
Além desses riscos, os incêndios também ampliam os problemas respiratórios. O vento leva a fuligem de uma queimada para bairros distantes. As crianças são as que mais sofrem. Isso explica o aumento exponencial do movimento dos prontos-socorros nesta época do ano. 
Apesar disso, a punição das pessoas responsáveis por essas queimadas é inexistente. Mesmo sendo crime ambiental, os autores desses incêndios ambientais não são identificados. Não há notícia na região de nenhuma multa emitida para essas pessoas. Com isso, esses irresponsáveis mantêm tal prática, cientes de que não sofrerão nenhuma consequência. 
As campanhas educativas realizadas pelo poder público parecem ser insuficientes para controlar o problema. Além das queimadas da vegetação, jogar bitucas de cigarro no mato, acender fogueiras por brincadeira e soltar balões também podem ocasionar novos incêndios. 
Em Apucarana, os incêndios em residências também preocupam. Foram oito casos em menos de dois meses na cidade, também ocasionados pela falta de cuidado da população. 
Portanto, é preciso tomar medidas preventivas nesses períodos de calor e tempo seco. E, principalmente, parar com esse hábito de colocar fogo em vegetação. É possível fazer a limpeza com a capina ou roçagem, sem colocar ninguém em perigo. Tudo é uma questão de conscientização e, acima de tudo, educação.