OPINIÃO

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Conscientização masculina para salvar vidas

Da Redação

| Edição de 15 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Várias pesquisas científicas apontam que a condição médica dos seres humanos são consequência muito mais do estilo de vida do que de fatores genéticos. Por isso, chama ainda mais atenção o fato de que o câncer de próstata tenha vitimado 170 homens na região nos últimos cinco anos. Mas o problema vai muito além desta neoplasia.

De acordo com reportagem publicada ontem na Tribuna, dos 170 homens que perderam a vida na região por causa da doença, 60 deles são de Apucarana. Apenas neste ano de 2019 foram 25 óbitos na região, sendo 12 no município em questão. Uma das causas evitáveis destas mortes é a resistência por parte da população masculina em procurar um médico.
Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado. 
Outro dado alarmante é que os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres, principalmente porque eles, além de se colocarem em situação de risco em maior frequência, acabam por postergar a visita ao médico e cultivar hábitos pouco saudáveis. Entre as causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos.
Portanto, neste Novembro Azul, por mais que o foco no câncer de próstata seja maior, é preciso também ressaltar a importância de aproximar a população masculina dos cuidados básicos de saúde. A conscientização é um importante passo para salvar vidas.