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Construção civil cresce 36% no trimestre

DA REDAÇÃO

| Edição de 01 de maio de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Apesar do impacto na economia causado pela pandemia de Covid-19, o mercado da construção civil permanece aquecido em Apucarana. Um dos indicadores que demonstram o crescimento do setor é o aumento do número de alvarás expedidos para novas construções na cidade no primeiro trimestre de 2021. De janeiro a março, foram 219 alvarás concedidos pela prefeitura, número 36% maior do que no mesmo período de 2020, quando foram liberados 161 alvarás.

Outra indicador que ajuda a medir os novos imóveis são as novas ligações de água. De acordo com a Sanepar, somente no primeiro trimestre de 2021, foram realizadas 399 novas ligações. Em 2020, foram 1.250 novas ligações ao longo de todo o ano. Para especialistas do setor da construção civil, investimentos da população de classe média e alta têm feito a diferença para este mercado.
De acordo com levantamento da secretaria municipal de Obras, a região Oeste de Apucarana é a que registra maior número de novas obras. A região tem ascendência de alvarás no Jardim Primavera, Jardim Veneza, Solar da Toscana, Residencial Miriam, entre outros. Para a superintendente de Obras do município Caroline Moreira de Souza, a quantidade de pedidos de construções neste ano surpreende. “Mesmo com a pandemia, durante todo o ano passado, mantivemos a média de novas construções na cidade e este ano, já superamos os números de forma surpreendente, e os alvarás estão saindo não apenas para novas construções, mas também para aumentos e reformas”, revelou.
Para o empresário do ramo da construção em Apucarana Edson Kister, mesmo com a quebra da produção dos materiais de construção e as dificuldades financeiras impostas pela pandemia, o mercado permanece aquecido, beneficiando principalmente a população de classe média e alta. “São muitas as dificuldades em relação aos materiais de construção porque a produção ainda está limitada, mesmo assim, nossa empresa está hoje com 15 obras em andamento de casas individuais, aptas ao financiamento subsidiado do governo e é só olhar pela cidade para ver a quantidade de prédios de apartamentos em construção”, pontuou Kister.
Para o empresário, investimentos das classes média e alta estão produzindo alta demanda no mercado da construção. “Percebemos que a linha de financiamentos imobiliários para a chamada classe 1 praticamente acabou, o governo reduziu subsídios e tornou muito mais difícil a aquisição da casa própria para os assalariados. Por outro lado, a queda de juros de outras modalidades de financiamento como o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), facilitou a compra de imóveis para quem tem um poder aquisitivo maior. Se você consultar, a maioria dos prédios em construção na cidade já estão com praticamente todos os apartamentos negociados”, observou.