OPINIÃO

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Contorno de Arapongas precisa sair do papel

Da redação

| Edição de 16 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Em reunião realizada nesta semana em Curitiba com representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da concessionária Viapar, o governador Ratinho Junior (PSD) pediu que seja dada prioridade nas obras do Contorno Leste de Arapongas. No encontro, acompanhado pelo prefeito Sergio Onofre, o governador foi informado que a transição de governo atrasou o início da obra.
Na verdade, a obra do contorno está atrasada há anos. O trecho de 10 km que vai desviar o tráfego da BR-369 da área urbana do município tanto já foi definido como teve o início das obras anunciadas. Em fevereiro do ano passado, o então governador Beto Richa (PSDB) esteve em Arapongas onde - em uma solenidade com extensa pauta - assinou decreto de desapropriação das áreas e anunciou o início da execução em um mês. 
Esse descompasso, entretanto, vem de mais tempo. O contorno é uma obra prevista dentro do contrato de concessão das rodovias. Inicialmente, a execução do projeto estava determinada contratualmente para ser executada entre 2015 e 2016. Entretanto, assim como ocorreu em outros pontos do Anel de Integração, a obra acabou sendo negociada em virtude de outras e transferida para o triênio final do contrato, que encerra em 2020.
Os estudos técnicos para a implantação do contorno foram iniciados em 2013. Desde então, o município desenvolve seus próprios projetos para o trânsito que dependem substancialmente da viabilização dessa obra. 
O contorno leste é reivindicado há anos pelos araponguenses porque o município é praticamente cortado ao meio pela rodovia, que na área urbana ganha o nome de Avenida Maracanã, e traz consigo um enorme e constante tráfego de veículos pesados que torna a dinâmica da via um problema tanto em termos de segurança para motoristas, pedestres e um número cada vez maior de motociclistas quanto em relação à mobilidade urbana da cidade.
O Contorno Leste, vale destacar, não é fundamental apenas para desatar o nó do trânsito de Arapongas, mas para o aumento da competitividade logística de toda região. Com o contrato com as concessionárias perto do fim, o início dessas obras é urgente.