Um menino de um ano e seis meses morreu atropelado na manhã de ontem (24), por volta das 7h30 por um ônibus da Apae de Jardim Alegre. Conforme informações da Polícia Militar, o acidente ocorreu em frente a Casal Lar, onde Gabriel Junior Guedes estava abrigado.
O ônibus parou no local para pegar duas crianças, estudantes da APAE. Ainda de acordo com a PM, após o motorista receber as crianças e fechar as portas para dar continuidade ao trajeto, acabou atropelando Gabriel. A hipótese é que enquanto a cuidadora encaminhava as duas crianças no ônibus, Gabriel tenha saído da casa, sem que ninguém percebesse, e entrado debaixo do ônibus. O motorista, também passou por teste do etilômetro, que deu negativo para a presença de álcool.
De acordo com a secretária municipal de Assistência Social, Sônia Sant'Anna, a Casa Lar é uma instituição de acolhimento provisório e excepcional. “Eles ficam na Casa Lar até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família. Não sendo possível a Justiça encaminha para adoção. O Gabriel estava na Casa Lar há quase 10 meses”.
Além de Gabriel, a instituição abriga mais sete crianças e adolescentes. Trabalham no local, duas cuidadoras e duas auxiliares, que se revezam para o atendimento as crianças. A Casa Lar tem ainda uma psicóloga, e uma assistente social. No horário do acidente estava na casa, uma auxiliar e uma cuidadora. A psicóloga e assistente social entram no serviço às 8 horas.
Ainda segundo Sônia, já se encontra em processo para a contratação mais uma cuidadora, que foi aprovada no último concurso público. “Até já foi convocada, e estamos apenas aguardando ela assumir”.
O prefeito de Jardim Alegre, José Roberto Furlan (PPS), lamentou o acontecimento e decretou luto oficial de três dias. “Uma fatalidade, que deixou o prefeito e toda a população de Jardim Alegre chocada. A gente tem feito o possível para dar o melhor atendimento para as crianças abrigadas na Casa Lar, mas infelizmente não estamos livres de tragédia”.
Furlan acrescentou ainda que conhece e sabe do profissionalismo do motorista do ônibus da Apae, e de todos os servidores que trabalham na Casa Lar. “É um momento de muita dor. Foi um acidente que não tem explicação”.
O delegado Gustavo Dante da 54ª Delegacia Regional de Polícia Militar abriu inquérito para apurar as causas do acidente. “Vamos ouvir o motorista e todas as pessoas da Casa Lar. Ainda é muito prematuro para nós concluirmos alguma coisa”, comenta. O inquérito deverá ser concluído em 30 dias.