Cuidar de uma das portas de entrada do novo coronavírus, a boca, sem se contaminar, tem sido a maior preocupação dos dentistas, profissionais que são considerados de alto risco de contaminação e que viram sua rotina de trabalho mudar durante a pandemia.
Em Apucarana, o dentista Rafael Jurca da Silva explica que o risco entre os profissionais da área é maior e que os cuidados aumentaram durante a pandemia. “A gente faz o que é possível, como usar máscara, às vezes, até duas; escudo facial, jaleco descartável, sapatilha descartável para os pés, além de manter o consultório sempre arejado. Eu também tenho um sapato que utilizo apenas no trabalho e as consultas são espaçadas para que não ocorra aglomeração na sala de espera”, explica.
Sobre os atendimentos, o dentista diz que o fluxo de pessoas não diminuiu. “Graças a Deus os nossos pacientes continuaram vindo. Porém, ficamos atentos com a saúde das pessoas que frequentem o consultório”, conta.
ENTRADA
As medidas de higiene no consultório do dentista Renato Pirilli Rechi, de Apucarana, já começam no agendamento das consultas, que ficaram mais espaçadas para que não haja aglomeração na sala de espera. Na porta do consultório também foi instalado um tapete para a limpeza dos pés e o paciente também tem acesso a um propé, que é um protetor para o calçado descartável.
“Medimos a temperatura de todos que entram no consultório também, além de disponibilizar álcool em gel para que limpem as mãos. Dentro do consultório, eu utilizo jaleco descartável, gorro, máscara de proteção e o escudo facial para que eu possa me proteger e proteger também meus pacientes”, explica.
Renato diz que tem medo de levar o vírus para sua família. Porém, toma todos os cuidados necessários aos chegar em casa. “Chego em casa e vou direto para o banho. Temos que ser cuidadosos”, ressalta.
Outro dentista de Apucarana que também aumentou a segurança durante a pandemia é Gustavo Lopes. Ele explica que os horários de um paciente para outro ficaram mais espaçados, além de disponibilizar protetor descartável para sapatos e álcool em gel na recepção do consultório. “Algumas medidas sempre foram tomadas, como esterilizar aparelhos e objetos, durante a consulta”, acrescenta.
Gustavo conta que também passou a usar máscara de proteção e escudo facial para que não haja contato direto com o paciente. (FERNANDA NEME)