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Dia dos Pais à distância

DA REDAÇÃO

| Edição de 08 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Dia dos Pais, comemorado neste domingo (9), será diferente neste ano devido à pandemia do coronavírus, que impôs distância a muitos pais e filhos. Assim como em outras áreas, a tecnologia é que vai ser o caminho para reunir as famílias em um ano que o lema é evitar a aglomeração. 

A empresária Jo Stuani, de 38 anos, de Jandaia do Sul, vai ver o pai,  Nelson Ferreira, que vive em Curitiba, apenas com ajuda da internet e da tecnologia. “Como meu pai tem 70 anos e faz parte do grupo de risco, temos que o protegê-lo”, conta. 
Ela diz que o Dia dos Pais sempre foi uma data especial em sua família e sempre foi comemorada com almoços fartos. “Por conta da pandemia, esta data tão especial teremos que nos ver apenas por videoconferência. Mas sabemos que é algo que é para o bem dele, logo estaremos juntos novamente”, acredita.  
A arquiteta apucaranense Rebeca Postiço, 31 anos, mora em São Paulo e seu pai Alceu Postiço Júnior, vive em Apucarana. Por falta de vôos e por medo de vir visitar a família, o encontro deste ano será apenas virtual. “Como estou no epicentro da pandemia, tenho medo de transmitir algo para ele e minha mãe. É a primeira vez que passamos o Dia dos Pais separados, será diferente”, conta. 
Assim como milhares de pessoas, Rebeca conta com a ajuda da internet e da tecnologia para matar a saudade do pai e da família que está distante. “A tecnologia ajuda bastante, ligo todos os dias para eles em Apucarana. Só tenho essa opção atualmente, então vamos aproveitar”, complementa. 

DOIS PAIS
A manicure Gisele Teixeira, 37 anos, de Apucarana, não vai ver seu pai neste domingo. O pai de Gisele, Itamar dos Santos, mora em Foz do Iguaçu e com a chegada da pandemia os planos do encontro foram adiados. “Este ano íamos passar a Páscoa juntos, mas com a chegada do coronavírus, tivemos que adiar. Daí, programamos de nos encontrar no Dia dos Pais, mas infelizmente sou do grupo de risco, sou hipertensa e obesa, e mais uma vez não vamos nos ver, nem nos abraçar”, lamenta Gisele, que conheceu o pais depois dos 18 anos. “Sou filha adotiva e perdi meu pai com 10 anos. Quando fiz 18, quis saber quem era o homem que sabia da minha existência, mas que nunca tinha vindo atrás de mim”, conta. Após descobrir onde ele trabalhava ela o conheceu. “Um dia ele veio com a esposa e os quatro filhos me visitar e eu que era a caçula virei irmã mais velha”, conta.