A definição dos valores que serão destinados aos municípios através do megaleilão do petróleo abre um amplo horizonte de possibilidades, que precisam ser exploradas com cautela e planejamento. A injeção de cerca de R$ 46 milhões nos caixas das prefeituras da região, dado trazido em reportagem publicada na edição de ontem da Tribuna, precisa ser utilizada da melhor forma pelos municípios. É preciso que haja comprometimento com estes valores, que devem ser aplicados nas áreas mais necessitadas de cada cidade.
O megaleilão de petróleo está marcado para o dia 6 de novembro. O texto-base foi aprovado pelos senadores por unanimidade, por 68 votos a zero. O leilão corresponde à chamada “cessão onerosa”, que trata do petróleo excedente de uma área da Bacia de Campos do pré-sal inicialmente explorada pela Petrobras. O governo prevê arrecadar R$ 106,5 bilhões com o volume extra.
Para se ter uma noção da importância deste dinheiro, basta fazermos alguns comparativos, utilizando sempre como referência os valores, aproximados, das maiores obras feitas na região nos últimos anos. Sendo assim, o dinheiro do petróleo que virá para os municípios do Vale do Ivaí e Arapongas poderia ser utilizado para construir, no mínimo, 40 novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), 20 escolas municipais, ou até mesmo 70 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Desta forma, a aplicação destes valores é de suma importância para toda a região. Este jornal, na condição de porta-voz da população do Vale do Ivaí e região, cumprirá mais uma vez o seu papel de fiscalizar estes gastos públicos, bem como cobrar das autoridades que tais verbas sejam aplicadas com responsabilidade. A população também precisa fazer a sua parte, visto que, com a internet, novas e importantes ferramentas surgiram para o acompanhamento das despesas públicas. Este é um dinheiro dos brasileiros e, portanto, precisa ser observado de perto por seus donos.