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Doações de órgãos crescem na região

Cindy Santos

| Edição de 21 de março de 2024 | Atualizado em 21 de março de 2024
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O número de doadores de órgãos cresceu na região. No ano passado, familiares de 24 pacientes autorizaram a captação de órgãos em hospitais de Apucarana, Arapongas e Ivaiporã. A quantidade é 9% maior que o ano anterior, quando familiares de 22 pacientes autorizaram o procedimento. A alta segue a tendência estadual. O Paraná manteve a liderança nacional em doações de órgãos, registrando 42,5 doadores por milhão de população (pmp) em 2023. Os dados são do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. 

Em números absolutos, o Hospital da Providência, em Apucarana, lidera as doações de órgãos com 12 doadores efetivos. No período foram 22 notificações e 19 doadores elegíveis e 4 recusas de familiares, resultando em uma taxa de conversão de 75%. O número de doadores efetivos no hospital é 20% menor do que ano anterior quando familiares de 15 pacientes autorizaram a doação. 

No Hospital Norte do Paraná (Honpar), em Arapongas, foram 22 notificações, 17 doadores elegíveis, três recusas de familiares e 11 doadores efetivos, resultando em uma taxa de conversão de 79%. A taxa de conversão do hospital supera o índice de 2022 quando foram 7 doadores efetivos e 3 recursas de familiares, resultando em uma taxa de conversão de 70%.

O hospital Bom Jesus de Ivaiporã tem o maior índice percentual de conversão: 100%. No ano passado, a instituição de saúde registrou uma doação efetiva. 

As doações de órgãos ocorrem somente após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida a vontade de ser doador. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer dúvidas e receberem orientações quanto à possibilidade da doação de órgãos.

Na região, o número de recusas passou de 5 para 7, um aumento de 40%. A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Londrina, Emanuelle Fiorio Zocoler, ressalta que as equipes dos hospitais estão bem treinadas e preparadas para esse tipo de abordagem e que durante a conversa as famílias são acolhidas no momento de dor. “É um número muito relativo, pois depende das famílias. Sempre avaliamos as nossas recusas e muitas não têm explicação”, afirma. (COM AEN) 

Paraná tem menor taxa de recusa do Brasil

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) o Paraná possui a menor taxa de recusa familiar para doação do Brasil. O Estado registrou 27% de recusa durante as entrevistas familiares, enquanto a média nacional foi de 42% no ano. No ano passado o Paraná atingiu 42,5 doadores por milhão de população (pmp) em 2023. Em números absolutos são 486 doadores efetivos. 

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância da solidariedade das famílias paranaenses. “Nos últimos anos o Paraná tem mantido este destaque e devemos isso à solidariedade dos paranaenses. Mesmo durante um momento muito difícil, de luto e dor, as famílias do nosso Estado se compadecem da necessidade de outras pessoas e nos ajudam neste processo tão importante, que é salvar e melhorar a qualidade de vida dos paranaenses”, afirmou.