OPINIÃO

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É necessário discutir a formação dos motoristas

Da Redação

| Edição de 20 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O alto número de reprovações nos exames psicológicos e também nos testes práticos para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) preocupam em Apucarana e Arapongas. É preciso buscar explicações para essa situação e avaliar até que ponto os motoristas que estão chegando às ruas da cidade estão ou não preparados para enfrentar um trânsito cada vez mais complicado com o aumento exponencial da frota de veículos. 

Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran/PR), 50,5% dos exames psicológicos realizados em Apucarana de janeiro a julho deste ano resultaram em reprovações. Foram 2.037 avaliações psicológicas no período. Destas, 1.037 foram aprovadas e 1 mil foram reprovadas, com 56 ausências. Em relação ao exame prático, última etapa para obter a carteira de habilitação, a reprovação chegou a 42,1%. 
Em Arapongas, ao contrário de Apucarana, é o teste prático que mais reprova motoristas: 41,6% dos candidatos. Já a avaliação psicológica tem índice de reprovação de 38,3%. 
No Paraná, o exame prático também é o que mais reprova: 45,6% do total de exames realizados, ou quase 75,5 mil. Mais de 90 mil foram aprovados. 
Em segundo lugar no estado fica a avaliação psicológica, com 38,6% de reprovação. Foram cerca de 49,4 mil exames reprovados ou ausentes, contra 78,7 mil aprovados.
No exame teórico, foram quase 46, 3 mil reprovações, o que equivale a 36,9% do total de exames. Ao todo, 79,2 mil desses exames tiveram resultado positivo. O índice de inaptidão física ficou em 5,5%.
Os números divulgados pela Tribuna geram forte repercussão nas redes sociais. Não são poucas as pessoas que contestam as avaliações psicológicas, principalmente. 
É preciso que os responsáveis por esses procedimentos expliquem porque tanta gente está sendo reprovada. Quais são os erros mais comuns? Afinal, o índice é alarmante e pode indicar algum problema mais grave e que precisa ser debatido. 
É claro que é preciso rigor nas avaliações dos futuros motoristas. Os números de acidentes e mortes no trânsito são a maior justificativa. A maioria dos acidentes é, infelizmente, provocada pela imprudência e imperícia dos condutores. 
O quadro mostra a importância de discutir a formação dos nossos motoristas. Estamos no caminho certo ou alguma coisa precisa ser modificada? 
Afinal, o que todos querem é um trânsito mais seguro e isso passa necessariamente por motoristas mais capacitados e preparados para enfrentar estradas e rodovias lotadas.