OPINIÃO

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Economia não é o único desafio do novo governo

Da redação

| Edição de 02 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Brasil tem um novo governo. A posse do deputado e militar reformado Jair Messias Bolsonaro (PSL) no último dia 1º quebrou um ciclo de 4 mandatos consecutivos do Partido dos Trabalhadores (PT) na presidência da República. É o fim de uma era iniciada em 2003 e que começou a ruir em 2014, dois anos de antes Dilma Roussef perder o cargo em impeachment, quando a crise econômica se instalou definitivamente e ressuscitou um medo antigo dos brasileiros: o desemprego.

Consertar os rumos da economia, portanto, é um dos mais cruciais desafios do novo governo. Apesar dos índices ainda não terem sido fechados, 2018 deve fechar com números mais positivos que de anos anteriores. 
A inflação, por exemplo, deve fechar abaixo da meta dos 4%, o desemprego vem registrando uma leve queda e o Índice de Confiança empresarial (ICE) – um termômetro para investimentos – alcançou a maior pontuação desde 2014 em dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Ainda assim, o crescimento esperado para 2018, veio em menor proporção que as estimativas iniciais, revistas ao longo do ano.
Para especialistas de mercado, o ano poderia ter encerrado com maior crescimento se o desempenho não tivesse sido prejudicado por dois eventos: a paralisação nacional dos caminhoneiros em maio e a própria disputa eleitoral que fez o dólar disparar entre agosto e outubro.
Dar um rumo para a economia implica em colocar em prática medidas duras que não se resumem apenas na reforma previdenciária, a única que está mais encaminhada. Vai ser preciso cortar os gastos certos da máquina pública e mexer com tributos. 
Outro ponto nevrálgico para os próximos meses é pacificar o Brasil, o que promete ser uma tarefa tão complicada quanto lidar com a economia. 
O país continua profundamente dividido e em um clima de queda de braços pouco propício ao crescimento econômico e a novos investimentos. Espera-se que o novo governo saiba administrar todas essas demandas e a oposição que faz parte do jogo de governar com serenidade.