OPINIÃO

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​ Embriaguez ao volante preocupa em Apucarana

Da Redação

| Edição de 19 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Mais do que uma infração de trânsito, dirigir sob o efeito de bebidas alcoólicas é uma irresponsabilidade, que coloca em risco muitas vidas no trânsito. Apesar disso, o número de flagrantes de motoristas bêbados não para de crescer e os casos de tragédias provocadas por esse comportamento criminoso também são frequentes. 

Em Apucarana, o número de casos de motoristas embriagados aumentou 128% no primeiro semestre de 2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Apucarana, 96 flagrantes do tipo foram registrados de janeiro a junho deste ano contra 42 neste intervalo em 2016. Apenas no último final de semana, três pessoas foram presas em Apucarana dirigindo sob o efeito de álcool.

Em Arapongas, um caso grave foi registrado. Um motorista bêbado atropelou três pessoas da mesma família, matando uma idosa de 75 anos. As outras duas vítimas foram encaminhadas em estado grave para o Hospital João de Freitas. O acidente ocorreu ao lado do Ginásio Mateus Romera, no Conjunto Flamingos. O responsável pelo acidente, um jovem de 24 anos, foi preso. Ele tinha acabado de deixar a prisão por outro crime, e usava tornozeleira eletrônica. 

Beber e dirigir é infração gravíssima prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e pode ser considerado crime de trânsito. Quem for flagrado nessa situação perde sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), paga multa de R$ 2.934,70 e tem a CNH suspensa por um ano, por meio de processo administrativo. Se a conduta se repetir no período de um ano, a multa dobra, chegando a R$ 5.869,40. O CTB também prevê punição criminal para quem exceder o limite de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, ou se recusar a soprar o bafômetro, mas apresentar alteração da capacidade psicomotora. Nesse caso, o crime é punido com detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter a CNH. 

No entanto, o rigor da lei não tem sido suficiente para conter os casos de embriaguez a volante. Isso demonstra uma completa irresponsabilidade dos motoristas. O recrudescimento da punição é importante, mas não é o suficiente para resolver o problema. Tudo parte de uma tomada de posição dos motoristas. E isso só é possível com conhecimento e conscientização, ou seja, o caminho para mudar essa realidade é a educação. Infelizmente, enquanto o cidadão não mudar sua postura, esses casos de mortes no trânsito provocadas por motoristas bêbados vão continuar.