Ivaiporã sediou ontem, no campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) o 5º Encontro de Agroecologia, que este ano teve como tema a inclusão do alimento orgânico na merenda escolar. O encontro contou com a participação de aproximadamente 200 pessoas.
Maria Terezinha Ritzmann, assessora para projetos especiais da Fundepar, lembrou da lei estadual de 2010 que prevê para as escolas públicas estaduais que toda a alimentação deve ser orgânica e tem como limite o ano 2030.
“Nos últimos seis meses, nós constituímos um grupo de trabalho que produziu uma proposta de regulamentação da lei e será apresentada a governadora nos próximos dias, para que ela venha sancionar. Independente disso estamos percorrendo as regiões, e discutindo já com os produtores e equipes técnicas quais são as condições para que se amplie a produção de orgânicos”, disse.
Ela relatou que atualmente 5% dos alimentos consumidos nas escolas do Estado são obtidos de produtores com certificação orgânica. “Mas efetivamente a agricultura familiar tem participado cada vez mais da oferta de alimentos nas escolas. Esse ano nós vamos ter oito milhões de quilos de produtos oferecidos pela agricultura familiar. A previsão é que a gente venha a atingir 100% até 2030. É um cronograma longo, mas é muito bem pensado para que efetivamente seja efetivo”, afirmou Maria Terezinha.
O engenheiro agrônomo Paulo Henrique Lizarelli coordenador estadual de agroecologia do Instituto Emater, e um dos organizadores do evento disse que o encontro teve como foco divulgar a lei estadual. “Mas, não adiantaria fazer esse encontro para falar só da alimentação escolar, se não tiver aliado os produtores para fazer a produção dos orgânicos. Hoje são 1.140 milhão de alimentações diárias, então é muita comida orgânica para ser produzida até 2030. Por isso, estamos trazendo na segunda parte do encontro, três núcleos de certificação do Programa Paraná Mais Orgânico, que vão esclarecer duvidas e como certificar”.
Durante a parte da manhã também foram levados a discussão o manejo integrado de solos e águas como base para o manejo orgânico, e discutido o uso de agrotóxicos no Brasil. Na segunda etapa do encontro a preservação como um dos mecanismos para a certificação da produção orgânica, sendo mostradas ainda experiências e etapas da certificação. (IVAN MALDONADO)
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