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ESPERANÇA DE RESPOSTAS

DA REDAÇÃO

| Edição de 18 de junho de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Está no DNA a esperança de uma resposta que a apucaranense Adriana Marques espera há 11 onze anos. O que aconteceu com sua filha, Emily, que desapareceu aos 14 anos em 26 de junho de 2010 quando voltava para casa após participar de uma missa.

Adriana esteve ontem na sede do Instituto de Criminalística (IC) de Apucarana, onde teve seu material genético coletado. A amostra vai para um banco de dados de pessoas desaparecidas. Ação é elaborada pelo grupo de trabalho da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Quando vi a reportagem da coleta de dados, fiquei na expectativa, será que vai chegar até mim? Aí me ligaram informando do procedimento. Se aparecer algo, meus dados estão lá”, disse a mãe.
Apesar de tanto tempo sem notícias da filha, que hoje teria 25 anos, Adriana não perde esperança de encontrá-la com vida. “Fico apreensiva com essa expectativa, o que mais quero é uma resposta. A minha esperança é de não encontrar ela morta, meu coração fala que ela está viva. Mas quero uma resposta, seja qual for”, ressalta.
Saber o que aconteceu com o pai também é o maior desejo de Leda Bertoli. Em agosto, o desaparecimento do pai, o ex-vereador vai completar 4 anos. O produtor rural sumiu da propriedade da família, na região do Correia de Freitas. Apesar de uma grande mobilização de socorro ter sido feita horas  depois do seu desaparecimento, ele nunca foi encontrado.
Leda espera que com o procedimento consiga alguma resposta. “Esse exame é uma coisa boa, espero que isso ajude. Em agosto vai completar quatro anos sem pistas, não chegamos a lugar nenhum, ficamos no escuro. Com esse exame, surge mais uma esperança de respostas”, disse. 
Por causa do tempo transcorrido e pela idade do pai, 78 anos, a filha já não tem esperanças de encontrá-lo com vida. “A gente fica na dúvida, mas quero uma resposta, preciso que alguém fale alguma coisa”, destaca. 
O perito da Polícia Federal, Roberto Maurício, ressaltou a importância do procedimento realizado em todo Estado nesta semana e acredita que muitos casos de desaparecidos poderão ser resolvidos. “Esse DNA será cruzado com o banco de dados nacional. Se aparecer algo, as famílias serão avisadas, se algum lugar tem uma pessoa que desapareceu viva ou restos mortais, será cruzado com os dados e qualquer coincidência a família será avisada“, explica