OPINIÃO

min de leitura - #

​ Estado tem oportunidade de melhorar concessões

Da Redação

| Edição de 05 de dezembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O aumento do pedágio, anunciado anteontem e que deve ser implementado ainda nesta semana, gerou muitas lamentações da população. Em vias de acabarem, as atuais concessões rodoviárias podem ter melhorado substancialmente a qualidade das rodovias do estado, contudo não deixarão saudades com relação ao valor das tarifas. Agora, a sociedade espera que os próximos contratos sejam melhor planejados, através de um modelo que não onere tanto os motoristas.

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) homologou nesta terça-feira (03) o reajuste tarifário anual do pedágio das seis concessionárias do Anel de Integração. O reajuste médio anual será de 3,3% para cinco concessionárias: Econorte, Viapar, Ecovia, Ecocataratas e Caminhos do Paraná. Somente a RodoNorte terá um reajuste médio de 2,9%. A diferença ocorre porque a RodoNorte usa a fórmula paramétrica prevista no contrato original, enquanto as demais tiveram esta fórmula alterada a partir de 2014.
O reajuste anual é previsto em contrato, bem como a fórmula de cálculo das tarifas. O problema é que, quando da realização do contrato, em meados dos anos 90, esta fórmula acabou por prejudicar os usuários, gerando forte reação logo quando foi implantada. A situação piorou com manobras do próprio Governo do Estado, feitas para reduzir drasticamente o valor do pedágio de imediato, mas que apenas adiou o impacto. O grande símbolo deste desajuste nos preços é a praça de pedágio de Jataizinho, que cobra R$ 23,70 para um carro de passeio, podendo passar para R$ 24,50 com o reajuste.
Os contratos têm previsão de encerramento em 2021. O Governo do Estado já anunciou que irá montar um grupo para discutir as novas concessões e que o foco deve ser a realização de contratos mais favoráveis aos motoristas, com tarifas mais baixas. A experiência paranaense foi pioneira no país, o que trouxe seus bônus e também seus ônus. Cabe agora ao Governo do Estado replicar o que deu certo e consertar os pontos ruins. Essa é a esperança de todo o Estado.